5º dia de estado de greve: Amazul não responde e mobilização segue
A mobilização mostrada pelos trabalhadores, que por quase unanimidade não se rebaixaram para a empresa e aprovaram estado de greve, deve continuar forte para que as reivindicações sejam atendidas
Os trabalhadores e trabalhadoras da Amazul chegam ao 5º dia de estado de greve, nesta terça-feira (18), com o silêncio da empresa. A estatal sabe desde janeiro as reivindicações da categoria, mas ignora os pedidos e cria narrativas distorcidas para ludibriar a categoria a aceitar um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de dois anos com reajuste abaixo da inflação.
A mobilização mostrada pelos trabalhadores, que por quase unanimidade não se rebaixaram para a empresa e aprovaram estado de greve, deve continuar forte para que as reivindicações sejam atendidas.
Nesta sexta-feira (21), o sindicato convida toda a categoria a participar da campanha ‘Meu sangue é de luta’. Todas as informações foram passadas no último boletim que você pode conferir clicando aqui:
Motivos para mobilizar
Os motivos para aderir essa e todas as mobilizações que seguirão até o dia 3 de julho, data limite para a empresa apresentar uma contraproposta antes de se deflagrar a greve, são vários:
- Defasagem de 24%: A própria empresa reconheceu que não possui uma política de reajuste real de salário, permitindo que seus funcionários convivam com uma defasagem de 24%;
- Evasão: O clima organizacional da empresa não favorece a permanência dos trabalhadores e trabalhadoras. Mais de 160 pediram demissão só no ano passado;
- Alimentação precária: No dia 22 de maio, uma larva foi encontrada na bandeja de um dos ranchos. Também já foram denunciadas a presença de baratas mortas no espaço, lagartas caminhando nas bandejas e ovos podres, desmascarando a total insalubridade da alimentação servida; Além disso, a classe trabalhadora amarga um ticket alimentação de apenas R$ 509,50, abaixo da cesta básica do DIEESE que está em R$ 822 para São Paulo.
Turnistas: o sindicato está com vocês
Quanto aos turnistas, o sindicato lembra que defende a pauta de reivindicação desde o início da campanha salarial.
Chegou a ser apresentado para a Amazul o pedido de 40% de adicional noturno e 20% de gratificação noturno. Na primeira reunião de negociação, a empresa disse que achava justa a gratificação, porém foi ela que voltou atrás, recuando de apoiar a reivindicação que beneficia os turnistas.
Em relação ao cartão mobilidade, o SINTPq reitera que compreende a necessidade do benefício, porém não nos moldes em que ele se dá. O desconto de 6% não é justo para os trabalhadores e trabalhadoras, que deveriam ter ele de forma completamente gratuita.
O ACT só tem um aditivo sobre os turnistas em virtude do engajamento destes trabalhadores em anos anteriores, da insistência do sindicato no presente e de muita negociação. Entretanto, se a categoria não se mobilizar, a Amazul irá atropelar essa pauta. Por isso é importante que converse com seus pares, converse com os dirigentes e representantes do sindicato e permaneça mobilizado.
Siga acompanhando os boletins do sindicato. Essa luta é de todos nós!
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