Amazul: Saiba como foram as reuniões nos ministérios da Defesa e Planejamento
O SINTPq realizou reuniões com representantes do ministério da defesa e do planejamento durante a tarde de ontem, dia 22. Na primeira delas, o dirigente sindical Geraldo Antunes e a assessora do deputado Carlos Zarattini, Vanessa Marques, foram recebidos pelo vice-almirante Barreto Rodrigues e pelo general Marco Rosa, ambos assessores do ministro da defesa Joaquim Silva e Luna.
Durante a conversa, foi exposta a atual situação do Dissídio Coletivo de Greve, que está às vésperas de seu julgamento, e a expectativa de que a Amazul cumpra a sentença do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Os representantes do Ministério da Defesa deixaram claro que não se opõe ao pleito e afirmaram que irão dialogar com outros setores do governo pelo cumprimento da sentença.
Já na reunião com o Ministério do Planejamento, a postura foi outra. Do lado do sindicato, participaram o deputado Zarattini e o diretor Geraldo Antunes. Representando o governo, estiveram o secretário do SEST, Fernando Soares, e Christian Castro, diretor de política de pessoal e previdência complementar. Soares afirmou que após o julgamento haverá recurso no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Segundo ele, o governo tem espaço nessa instância para dialogar com os juízes sobre a escassez de recursos financeiros para o cumprimento de uma eventual sentença do TRT.
Com um tom irônico, o secretário ofereceu um acordo de reposição parcial da inflação, equivalente a 50% ou 60% do índice. O sindicato recusou a possibilidade, pois os trabalhadores optaram por levar a decisão para a justiça. A postura desrespeitosa apresentada pelo SEST demonstrou mais uma vez como o Governo Federal desvaloriza os profissionais da ciência e tecnologia, negando até o fim a recomposição das perdas salariais sofridas.
Aproveitando a presença do diretor Christian Castro, o sindicato cobrou a aplicação da tão falada previdência complementar. Ele afirmou que houve a assinatura do Ministério do Planejamento, mas ainda restam duas etapas para a implementação efetiva.
Governo sem voto e sem legitimidade
O resultado das conversas com o Ministério do Planejamento reforçou o que todos esperavam do atual governo. Para lutar pela soberania nacional e pela defesa dos nossos recursos, são verdadeiros covardes, coniventes com os interesses estrangeiros. Entretanto, quando do outro lado estão os trabalhadores e trabalhadoras, reivindicando correção salarial e o respeito aos seus direitos, vão até as últimas consequências em uma queda de braço inconsequente.
Os funcionários da Amazul não são os únicos prejudicados por essa postura, mas o país como um todo. A cada dia, mais profissionais capacitados deixam o Brasil e projetos fundamentais, como o do nosso submarino nuclear, tem seu futuro ameaçado.
O julgamento do Dissídio de Greve está próximo e, com ou sem recurso no TST, sindicato e trabalhadores seguirão lutando até o fim. Desanimar neste momento significa dar aval para retrocessos ainda maiores na próxima campanha salarial. Em um cenário de dificuldades como esse, a sindicalização é ainda mais importante, pois é ela que garantirá o fortalecimento da representatividade do SINTPq e também sua sustentabilidade financeira. Reflita sobre isso, torne-se sócio do sindicato e seja mais um aliado nessa luta.
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