Amazul: Trabalhadores recusam proposta da empresa para campanha salarial 2015
Em assembleia com participação massiva e auditório lotado (com pessoas em pé ao fundo e sentadas nas escadas laterais), os funcionários da Amazul recusaram a proposta da empresa para a campanha salarial 2015. A decisão foi votada por ampla maioria na manhã de ontem, dia 5.
Após o TST determinar o pagamento do reajuste de 4,15%, por meio de um efeito suspensivo parcial, a direção da Amazul chamou os empregados no auditório e, no dia seguinte, o jurídico do Sindicato, oferecendo em reunião o mesmo reajuste determinado pela Justiça, mais o pagamento dos retroativos salariais e os impactos das diferenças nos benefícios devidos desde Janeiro de 2015.
Os empregados em assembleia avaliaram os prós e contras da proposta e decidiram continuar com o processo de dissídio coletivo que será julgado pela Turma Plena de Juízes do TST no próximo dia 12, segunda-feira.
A expectativa agora é de que a empresa cumpra o efeito suspensivo e pague os 4,15% determinados nos salários e benefícios. E que o julgamento do mérito mantenha a decisão do TRT-SP que determinou o reajuste de 6,22% nos salários e valores que contemplam a recomposição dos benefícios.
Os trabalhadores, na assembleia de ontem, deixaram claro que não irão tolerar mais prejuízos e querem a recomposição integral dos seus salários e benefícios.
Outra preocupação sempre constante dos empregados é o descompasso das negociações salariais entre São Paulo e Aramar. Mais uma vez, foi manifestado na assembleia por uma trabalhadora a necessidade do SINTPq representar e negociar os salários e benefícios de todos os empregados da empresa.
Trabalhadores alocados no CTM exigem isonomia
Os funcionários da Amazul que atuam no CTMSP são diariamente prejudicados por não receberem o vale refeição de R$ 32,00 em dinheiro. Ao invés disso, são obrigados a almoçar no rancho do CTM (de responsabilidade da Marinha) existente no setor, onde a alimentação é de baixíssima qualidade e gera constante descontentamento entre empregados e a direção da empresa. Estas reclamações caem direto no SINTPq, uma vez que os empregados da Amazul declaram que têm medo de manifestar sua verdadeira opinião diretamente a empresa sobre a alimentação servida.
Enquanto isso, os funcionários lotados na sede da Amazul na Avenida Corifeu (que atuam fora do CTM), recebem o vale em dinheiro e podem fazer suas refeições onde bem entenderem, e assim, têm acesso a uma comida de melhor qualidade.
Tal diferenciação entre os funcionários é inadmissível. Os profissionais alocados no CTM e o SINTPq exigem que a empresa adote um tratamento igualitário e pague o vale refeição em dinheiro e, dessa forma, permita que todos tenham a liberdade de escolher onde farão suas refeições.
Vale lembrar que o pagamento do vale refeição é reivindicação dos empregados em todas as últimas campanhas salariais e a empresa recusa-se em atender a demanda dos trabalhadores.
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