Na reunião desta segunda-feira (22), os representantes da Amazul trouxeram ao SINTPq duas propostas já prontas para o Acordo Coletivo 2025/2026. Ambas mantêm reajustes abaixo da inflação com acordo bianual e não recompõem as perdas salariais dos trabalhadores neste ano. Uma das propostas ainda condiciona o acordo à retirada do dissídio coletivo movido pelo sindicato.

Mesmo afirmando que a proposta seria “final”, os representantes da Amazul se contradisseram ao dizer, na mesma reunião, que está aberta à continuidade das negociações nas questões sociais. O índice proposto subiu de 3,12% para 3,40%, impondo uma perda de 1,8% referenciado no INPC. Reajuste abaixo da inflação representa perda de poder de compra — ou seja, redução salarial.

Propostas apresentadas:

Proposta 1:
Reajuste Salarial de 3,40% em 2025 e 100% do INPC em 2026;
Reajuste Benefícios 2025: 3,40%
Reajuste BAS 2025: 6%
Reajuste Benefícios 2026: 100% INPC
Reajuste BAS 2026: 90% INPC Plano de Saúde.

Proposta 2: 
Reajuste Salarial de 3,40% + 0,76% (total de 4,16%) em 2025 e 100% do INPC em 2026. 
Reajuste Benefícios 2025: 3,40 + 0,76% = 4,16%
Reajuste BAS 2025: 7,2%
Reajuste Benefícios 2026: 100% INPC
Reajuste BAS 2026: 100% INPC Plano de Saúde.
(Condicionado ao encerramento do processo de dissídio 2024)

As duas opções preveem acordo bianual e não valorizam os profissionais da Amazul.

A própria direção da empresa admitiu que o quadro de trabalhadores está se desfazendo. Mesmo assim, insiste em propostas que favorecem ainda mais a evasão. Para o SINTPq, falta competência à gestão da Amazul para negociar com o SEST a reposição justa das perdas salariais.

O sindicato aguarda a oficialização da proposta pela Amazul, e convocará assembleia para que os trabalhadores deliberem coletivamente sobre os próximos passos.

O SINTPq seguirá mobilizado e reafirma: sem reposição da inflação, não há valorização. Há rebaixamento salarial.