O Museu de Arte de São Paulo (Masp) abre suas portas nesta sexta-feira (5) para inaugurar três novas exposições que exploram profundamente o tema "Histórias da Diversidade LGBTQIA+". Escolhido como foco deste ano pela instituição, o tema será abordado através de diferentes perspectivas artísticas e culturais, refletindo a diversidade e complexidade das experiências queer.

A primeira exposição, intitulada "Catherine Opie: o gênero do retrato", destaca o trabalho da renomada artista norte-americana Catherine Opie. Reconhecida internacionalmente por suas fotografias, Opie apresenta 63 obras que abrangem mais de três décadas de prática artística. Suas imagens não apenas capturam indivíduos queer em suas mais diversas expressões e subjetividades, mas também subvertem a tradição do retrato clássico ao explorar temas de gênero e sexualidade de maneira ousada e íntima. A curadoria, a cargo de Adriano Pedrosa e Guilherme Giufrida, integra as obras de Opie com retratos selecionados do acervo do Masp, criando um diálogo rico entre tradição e inovação na arte do retrato.

Em paralelo, a mostra "Lia D Castro: em todo e nenhum lugar" apresenta a primeira exposição individual da artista e intelectual Lia D Castro em um museu. Conhecida por seu trabalho multi-mídia, Lia explora questões de masculinidade, cisgeneridade e branquitude através de uma abordagem colaborativa com seus clientes, homens brancos heterossexuais que também são seus modelos. As 36 obras expostas, majoritariamente pinturas figurativas, não apenas desafiam as normas de representação artística, mas também questionam profundamente as fronteiras entre arte e vida, intimidade e representação pública.

Na sala de vídeo do museu, a terceira exposição "Ventura Profana" mergulha no universo multifacetado da artista visual, pastora, cantora, escritora e compositora Ventura Profana. Com uma linguagem artística diversa que inclui audiovisual, música e intervenções, Ventura Profana explora uma teologia da transmutação que ressignifica símbolos e valores da doutrina cristã, especialmente para corpos dissidentes, pessoas trans e travestis. A exposição apresenta quatro vídeos inéditos que refletem seu compromisso com a transformação social e espiritual através da arte.

 

 

 

 

 

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Cada uma dessas exposições oferece uma oportunidade única para o público explorar as complexidades da identidade, gênero e sexualidade através das lentes de artistas contemporâneos que desafiam e transformam as tradições artísticas estabelecidas. O Masp realizará um bate-papo com a artista e o curador no dia 17 de julho, às 19h, em seu canal no YouTube. Além disso, mais informações sobre as três exposições em cartaz podem ser encontradas no site do museu, que oferece entrada gratuita todas as terças-feiras e na primeira quinta-feira do mês.

Mais informações no site