Para sindicato, direção do CPqD tem que vir a público explicar a situação da empresa
O SINTPq tem acompanhado de perto a conjuntura econômica do CPqD há alguns meses. Mais especificamente quando o antigo presidente nos chamou para auxiliar na liberação dos recursos do Funttel. Naquela ocasião (junho/15), fomos informados de que a crise financeira já comprometia até o pagamento dos salários.
De lá para cá ocorreram mudanças na direção da empresa e recursos do Funttel foram liberados. No entanto, as dúvidas e incertezas sobre a saúde financeira da instituição ainda são enormes.
Em entrevista recente a Revista Telesíntese, o atual presidente do CPqD, Tuca, afirmou que o primeiro semestre de 2015 superou as metas de venda, chegando a 104%, e que os recursos do Funttel representam aproximadamente - apenas - 15% das receitas da empresa. Onde está o problema então? São os clientes que não estão pagando? São dívidas com os bancos? São as empresas do grupo CPqD que passam por dificuldades?
Muitos trabalhadores têm procurado informações no sindicato. As dúvidas quanto à manutenção dos empregos, mescla de divisões e futuro do CPqD rondam os corredores e atrapalham o ambiente de trabalho. O presidente Tuca precisa explicar aos funcionários qual é a real situação.
Preocupado com os desdobramentos desse cenário, o SINTPq protocolou em outubro uma carta no Ministério Público pedindo à Curadoria das Fundações de Campinas uma auditoria no CPqD. Entre as justificativas elencadas estão números inconsistentes divulgados no relatório financeiro da Padtec, o grande volume de processos trabalhistas da Cleartech e a saída de investidores da Trópico. Os responsáveis pela gestão devem ser responsabilizados por eventuais erros, não os trabalhadores!
O SINTPq, diante do quadro apresentado pelo RH em negociações, tem deixado claro seu posicionamento em defesa dos trabalhadores. A empresa garantiu a data-base e os itens econômicos da campanha salarial foram postergados para discussão no início de 2016 (veja íntegra da pauta de reivindicações). A medida, sugerida pela empresa e acatada pelo sindicato, é uma tentativa de dialogar com os problemas financeiros da instituição.
No entanto, falta transparência da empresa junto aos funcionários e as reivindicações do sindicato parecem já ter caído no esquecimento. O SINTPq tem cobrado da presidência da empresa a discussão de seu planejamento estratégico para 2016 com os funcionários. Estamos no final de novembro e nada foi apresentado até agora.
Esperamos que, novamente, não sejam alguns poucos ‘iluminados’ os responsáveis por definir o futuro da instituição. Estamos falando de um universo onde todos podem contribuir nos debates acerca do tema.
O sindicato e os trabalhadores estão fazendo a sua parte. Queremos da direção do CPqD o mesmo comprometimento. Ouvindo e discutindo os problemas, dando transparência e mais segurança a todos que diariamente constroem a Fundação.
Com a palavra, a direção do CPqD.
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