Sinfônica de Campinas se apresenta no Castro Mendes, neste sábado, 25 de novembro
Para o concerto, o maestro Sílvio Viegas escolheu o que há de melhor da ópera, como Mozart, Verdi, Bellini, Bizet, Weber e Saint-Saens
A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas recebe o maestro Sílvio Viegas, como regente convidado para o concerto a ser realizado no próximo sábado, 25 de novembro, às 20h, no Teatro Municipal Castro Mendes. Para este programa, recheado de árias e aberturas de óperas de grandes mestres da música mundial, a Orquestra recebe também como solistas duas sopranos de alta performance, Carla Cottini e Tati Helene. Os ingressos para este concerto estão à venda no link.
Para o concerto, Sílvio Viegas escolheu o que há de melhor da ópera, como Mozart, Verdi, Bellini, Bizet, Weber e Saint-Saens. Já Carla e Tati dividirão o palco mostrando seu talento e voz na interpretação de árias das mais belas óperas.“Para esta apresentação contamos com dois sopranos de características vocais distintas e, através de aberturas, árias e duetos, contaremos um pouco da história da ópera, passando por três de suas mais importantes e influentes escolas - alemã, italiana e francesa - executando trechos amados e conhecidos e outros que raramente temos a oportunidade de ouvir ao vivo. Espero que desfrutem!”, convida o regente.
Ele explica que os intelectuais da Renascença do século XVI descobriram que as antigas tragédias gregas não eram faladas, mas sim cantadas. Inspirados por esta revelação, decidiram basear-se num drama grego e escreveram a primeira ópera in musica, que apresentaram perante a corte dos Médici. “Desde então - e com as variantes subsequentes que moldaram o gênero - a ópera consolidou-se como um dos gêneros mais amados de todos os tempos e mais de quatro séculos depois consegue, graças ao trabalho de muitos gênios musicais, manter-se fresco, espontâneo e com toda a força e emoção, contando-nos histórias da estética musical e teatral tanto antigas, quanto atuais”.
Regente na Argentina
Sílvio Viegas é atualmente o regente titular da Orquestra Provincial de Santa Fé, na Argentina, e professor de regência na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais até o final de 2022, regente titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 2008 a 2015 e professor da cadeira de Regência na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais durante mais de 15 anos.
Foi também diretor artístico da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes, em Belo Horizonte de 2003 a 2005 e diretor artístico interino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 2011 a 2012.
Desde o início de sua carreira tem se destacado por sua atuação no meio operístico regendo títulos como O Navio Fantasma, L'Italiana in Algeri, O Barbeiro de Sevilha, Le Nozze di Figaro, A Flauta Mágica, La Bohème, Tosca, Carmen, Cavalleria Rusticana, I Pagliacci, Nabucco, Il Trovatore, La Traviata, Falstaff, Otello, Il Guarany, Romeu e Julieta, Lucia di Lammermoor, Norma, Porgy and Bess, Salomé, Aleijadinho, entre outros.
Nomeado como o melhor regente de ópera em 2017, como convidado, esteve à frente da Orquestra da Arena de Verona, Sinfônica de Roma, Sinfônica de Burgas (Bulgária), Sinfônica do Festival de Szeged (Hungria), Orquestra do Algarve (Portugal), Sinfônica Brasileira (OSB), Coro e Orquestra Estable do Teatro Colón, Teatro Argentino de La Plata (Argentina), Amazonas Filarmônica, Petrobras Sinfônica, Sinfônica do Paraná, Sinfônica do Theatro São Pedro - SP, Orquestra do Teatro da Paz, Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, entre outras.
Em 2001 obteve o primeiro lugar no Concurso Nacional "Jovens Regentes”, organizado pela Orquestra Sinfônica Brasileira no Rio de Janeiro. Natural de Belo Horizonte, Silvio Viegas, estudou regência na Itália e é Mestre em regência pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, tendo sido discípulo de Oiliam Lanna, Sérgio Magnani e Roberto Duarte.
Solistas
Carla Cottini
Vencedora do Prêmio Revelação no 10º Concurso de Canto Maria Callas em 2011, Carla Cottini tem se destacado por integrar em suas performances belo timbre, sólida técnica e marcante presença cênica. Recentemente debutou como Adina em “L’elisir d’amore”, Gilda em “Rigoletto” e Euridice em “Orfeo Ed Euridice” de Gluck.
Desde 2011, interpreta papéis protagonistas de renomadas óperas de Mozart, Donizetti, Puccini, Massenet, Humperdinck, Lehar, Strauss, entre outros, em importantes casas de ópera do mundo como Teatro Municipal de São Paulo, Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Palau de la música de Valencia, Teatro Sociale di Rovigo, Teatro São Pedro.
Seu repertório de concertos inclui obras de Vivaldi, Händel, Mozart, Beethoven, Strauss, Villa-Lobos, Mehmari. Cantou sob a batuta de diversos diretores como Rinaldo Alessandrini, Isaac Karabtchevsky, Luis Fernando Malheiro, Alexander Liebreich, Alain Guingal, Fabrizio Maria Carminati, Fábio Mechetti, Rodolfo Fischer, Silvio Viegas, Carlos Prazeres, Marcelo Lehninger, Evandro Matté, Lutz de Veer, entre outros.
Trabalhou com importantes regisseurs como Pier Francesco Maestrini, Stefano Poda,Jorge Takla,Francesco Belloto, Livia Sabag, , Alfonso Antoniozzi, Pablo Maritano, Mauro Wrona, William Pereira, etc. Seu duo com o pianista Ricardo Ballestero percorre o Brasil com repertório de câmara incluindo compositores como R. Strauss, C. Debussy, H. Villa-Lobos, J. Turina, F. Schubert, R. Schumann.
Atualmente, Carla vive em Berlim e é aluna de Vito Maria Brunetti e John Norris. Trabalha com importantes pianistas como Simone Savina, Enrico Gerola, Ricardo Ballestero, Ara Khachaturian e Carles Budò.
Tati Helene
Eleita pela principal revista eletrônica de música erudita do país como melhor cantora de 2019 pela sua performance como Vanessa na ópera homônima em Guarulhos. Tati Helene já trabalhou com importantes nomes da cena lírica européia, dentre os quais se destacam os diretores de cena Peter Konwitschny, com quem fez Salomé em turnê pela Suíça, Bepi Morassi, em produção do Teatro La Fenice em Veneza (onde deu vida a personagem Rosa na ópera Il Piccolo Spazzacamino de Britten) e Stefano Vizioli, na produção paulistana de Falstaff feita pelo Theatro São Pedro (como Alice Ford), e os maestros Michael Radulescu da Áustria (como solista na Kantate 110 de Bach) e Alessandro Sangiorgi, italiano radicado no Brasil (com quem foi Mercedes na produção de Carmen do Teatro Guaíra em Curitiba e Norma em concerto no mesmo teatro).
Participou duas vezes do Festival de Ópera do Theatro da Paz, como Salomé na ópera homônima (2012), e como Senta na ópera Der fliegende Holländer (2013), primeira ópera wagneriana a ser apresentada na cidade. Mais uma vez como Senta, cantou no Palácio das Artes em Belo Horizonte em 2018. No fim de 2013 foi convidada para substituir, no próprio dia, a soprano Eliane Coelho no difícil papel de Médée de Cherubini no Theatro Municipal do Rio de Janeiro com a OSB sob regência do argentino Carlos Vieu.
Helene também se destaca como solista em obras sinfônicas: no Brasil, no Uruguai e na Itália já cantou a “Missa para duas vozes solistas, coro e orquestra” de Leandro Alvarenga (composta especialmente para ela), a “Messe in G-Dur” de Schubert, o “Requiem” de Faurè, o “Magnificat” e o “Gloria” de Vivaldi, “Veni Creator Spiritus” de Jommelli (estréia brasileira), “Lobgesang” de Mendelssohn, “Vesperae Solennes de Confessore” de Mozart, “2. Sinfonie” de Mahler, “Scheherazade” de Ravel, “Te Deum” de Dvorák e “9. Sinfonie” de Beethoven. Tendo sido destaque no Festival de Ópera de Brasília de 2014 cantando as “Vier letzte Lieder” de Strauss.
Serviço
Concerto Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas
Dia: 25 de novembro (sábado)
Hora: 20h
Local: Teatro Municipal Castro Mendes
Ingressos: à venda no link e também nas bilheterias do teatro
Valores: R$ 20 e R$ 10
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