1º de Maio volta às ruas em 2022
Na capital paulista, o ato unificado das centrais será na Praça Charles Muller (Pacaembu), a partir das 10h
Este ano, os eventos do 1° de Maio, Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora, voltam a ser presenciais e o SINTPq convida todos os profissionais da categoria a participar. Em São Paulo, o ato unificado das centrais sindicais será na Praça Charles Muller (Pacaembu), a partir das 10h da manhã. As atrações musicais reunirão Daniela Mercury, Leci Brandão, Dexter, Francisco El Hombre, DJ KL Jay, entre outros artistas. Em Campinas, no mesmo horário, haverá ato em frente à Catedral Metropolitana após a tradicional Missa do Trabalhador.
Recentemente, as centrais sindicais divulgaram a Pauta da Classe Trabalhadora, documento unitário das centrais aprovado na Conferência da Classe Trabalhadora 2022 (Conclat-2022), em 7 abril, com 63 reivindicações e propostas que vão orientar os debates do dia 1º de Maio.
Entre as propostas estão desenvolvimento sustentável com geração e emprego e renda. Emprego decente, afirmam os sindicalistas. Isso porque, além das altas taxas de desemprego, os trabalhadores sofrem com empregos precários sem carteira assinada e a informalidade que disparou depois de 2016.
A preocupação não é só com trabalhadores formais, os sindicalistas querem assistência, proteção social e direitos trabalhistas para categorias como os motoristas de aplicativos, ‘profissão’ que cresceu durante a pandemia, muito em função da migração de profissionais desempregados de outras áreas. Ou seja, trabalhadores que ficaram sem renda e sem emprego por falta de uma política de proteção do Estado, por falta de investimentos públicos.
Democracia acima de tudo
Neste 1° de Maio, a classe trabalhadora também leva às ruas o grito por democracia, duramente atacada pelo governo Bolsonaro como forma de cercear direitos dos trabalhadores, além de ser estratégia para se perpetuar no poder. Bolsonaro já fez diversos ataques às instituições democráticas brasileiras como o Supremo Tribunal Federal (STF) e à própria urna eletrônica, principal instrumento do povo brasileiro para exercer cidadania, suscitando dúvidas sobre sua segurança e, com isso, dúvidas também sobre ele querer dar um golpe e cancelar as eleições.
“A democracia é o regime que mais protege o povo. Em todos os regimes de exceção quem mais sofreu foi a classe trabalhadora porque os golpes sempre têm uma motivação civil, de interesse da elite econômica. É por isso que nós sempre vamos defender a democracia com todas as nossas forças”, diz Vagner Freitas, vice-presidente da CUT.
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