Notícias | Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência: 33,3% dos pesquisadores do mundo são mulheres

Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência: 33,3% dos pesquisadores do mundo são mulheres

Até hoje, apenas 22 mulheres receberam um Prêmio Nobel em disciplinas científicas.

15/02/2024

Em 2015, a Assembleia das Nações Unidas instituiu o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Celebrado no dia 11 de fevereiro, a data nasceu com o objetivo reconhecer o trabalho das mulheres e jogar luz à equidade de gênero dentro dos espaços de pesquisa e de inovação. Quase 10 após a criação da data, no entanto, dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) revelam que antes da comemoração ainda há muito para avançar a fim de garantir que mulheres sejam de fato reconhecidas nesses lugares.

Embora as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM, na sigla em inglês) sejam consideradas fundamentais para as economias nacionais, até o momento, a maioria dos países não alcançou a igualdade de gênero – e isso independente do nível socioeconômico.

As mulheres ocupam uma minoria dos cargos mais elevados apesar da melhora ocorrida nos últimos anos, e, até hoje, apenas 22 mulheres receberam um Prêmio Nobel em disciplinas científicas.

A porcentagem média global de pesquisadoras é de apenas 33,3%, e só 35% de todos os estudantes das áreas de STEM são mulheres. Apesar disso, as estatísticas da Unesco mostram desempenho aproximado de meninas e meninos em ciências e matemática, porém muitas não são encorajadas nas áreas de STEM e há poucas escolhas para sua formação e seu desenvolvimento profissional.

Segundo a Unesco, enfrentar alguns dos maiores desafios da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável – que vão da melhoria da saúde ao combate à mudança climática – dependerá do aproveitamento de todos os talentos.

“Em um contexto de mudanças climáticas, transição ecológica e emergência de novas tecnologias, o mundo necessita de mais ciência, e a ciência também necessita de mais mulheres. No entanto, nesses momentos cruciais para o futuro, quando mais se necessita de cientistas, as desigualdades de gênero na ciência se colocam como um manifesto de maior intensidade”, diz trecho da mensagem emitida por Audrey Azoulay, diretora geral da Unesco, no dia 11 de fevereiro.

Segundo ela, preparar mulheres para as áreas científicas começa desde a infância e advém de um processo que desmonta os estereótipos e autocensura, a fim de fortalecer a confiança de meninas em si mesmas por meio de uma educação científica desde os primeiros anos escolares.