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Editorial: SINTPq defende a ampliação das campanhas de incentivo à vacinação

No papel de entidade sindical, o SINTPq já solicitou às empresas da base o número percentual de vacinados com intuito de levantar ações e campanhas direcionadas de incentivo à vacinação.

24/02/2022

5.840.000 (cinco milhões oitocentos e quarenta mil), 640. 000 (seiscentos e quarenta mil), 162.000 (cento e sessenta e dois mil).

Os números acima bem que poderiam ser considerados valores de prêmios de loterias, mas não são. São números de mortes por covid no mundo, no Brasil e no estado de São Paulo respectivamente (consulta realizada no site da OMS no dia 16/02/2022).

A vida nunca mais foi a mesma depois de março de 2020, início da crise pandêmica no Brasil. O uso de máscaras, e higienização das mãos com álcool em gel foram ações que se mostraram, cientificamente, eficazes na prevenção do contágio por Covid-19, e ajudaram a reduzir os números apresentados.

Com base em pesquisas científicas e dados estatísticos as medidas de prevenção foram ganhando força e entrando no cotidiano das pessoas, atualmente o incentivo vem a partir da motivação pela vacinação. As vacinas criadas em tempo recorde por pesquisadores do mundo todo já se mostraram eficazes na prevenção e na redução de óbitos ocasionados pelo vírus Sars-CoV-2 e suas variantes. Com dados estatísticos confirmados ao redor do mundo, a forma mais eficaz de prevenção de casos graves e óbitos pela Covid-19 foi a vacinação. 

Aqui alguns dados divulgados por sites de pesquisa oficiais:

Instituto Butantan: CoronaVac protegeu contra 80% das mortes por Covid-19 na Indonésia

Em indivíduos acima de 50 anos, a proteção chegou a 90%; vacina também preveniu 71% das hospitalizações.

Rede APS - Rede de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde - Associação Brasileira de Saúde Coletiva Abrasco: Estudo que mostra eficácia e efetividade da Coronavac

Governo do estado de São Paulo: “Na análise estatística, os fatores que se correlacionaram com risco aumentado de hospitalização e morte entre os não vacinados foram idade superior a 60 anos e a presença de uma ou mais das seguintes condições: cardiopatia, distúrbios no fígado ou neurológicos, diabetes, comprometimento imunológico e doença renal. Já entre os imunizados somente a idade acima de 60 anos e insuficiência renal se configuraram como preditores de mortalidade. “Essa é uma evidência clara de que a vacina protege muito bem e salva vidas”, afirma Maurício Lacerda Nogueira, professor da Famerp”. Fonte: (https://www.saopaulo.sp.gov.br/noticias-coronavirus/vacinacao-mudou-perfil-dos-pacientes-hospitalizados-e-mortos-pela-covid-19-diz-estudo/)

Com base nessas informações, o incentivo à vacinação como forma de salvar vidas é uma responsabilidade social coletiva de entidades e governos. Entendemos que os números tragicamente exorbitantes de mortes poderiam ter sido reduzidos se a priorização da vida não fosse sobreposta por interesses econômicos, principalmente por parte do governo federal.

No papel de entidade sindical, o SINTPq já solicitou às empresas da base o número percentual de vacinados com intuito de levantar ações e campanhas direcionadas de incentivo à vacinação. Sendo o SINTPq uma entidade ligada diretamente à pesquisa e tecnologia é de suma importância ações a fim de fortalecer e incentivar a vacinação.

Outro ponto necessário para esse debate é sobre trabalhadores e trabalhadoras da base que se opõem à vacinação. Ainda que não seja algo obrigatório, é fundamental recomendar e lançar campanhas pró-vacina, de modo a garantir a segurança dos trabalhadores de forma individual e coletiva. O SINTPq reforça aqui o incentivo à vacinação, cuja eficácia é comprovada por dados científicos ao redor do mundo.

A base do SINTPq é composta por trabalhadoras e trabalhadores de empresas ligadas à ciência e tecnologia, e têm dado exemplo de que investimentos em ações nesta área, como a vacina, se mostram benéficos à toda sociedade. Potencializar e evidenciar os avanços tecnológicos é papel desta entidade, a qual reforça o coro nacional do “Vacina sim!” e “Vacina salva!”.

O Brasil sempre foi referência em campanhas de vacinação. A ANVISA e as Secretarias estaduais e municipais de saúde sempre deram respostas positivas no combate a pandemias. Os principais institutos de pesquisas em saúde pública sempre atuaram no desenvolvimento de vacinas em nosso território e é neste momento crucial de combate à atual pandemia que temos que investir muito mais recursos nas campanhas de vacinação e principalmente nos institutos que estão à frente no desenvolvimento de vacinas brasileiras contra a Covid-19. Viva o Butantã, Viva a Fiocruz e todas as entidades que defendem a vida acima do lucro.

Diretoria SINTPq