Notícias | Plano 'São Paulo na Direção Certa' mostra que Tarcísio está na direção errada

Plano 'São Paulo na Direção Certa' mostra que Tarcísio está na direção errada

Os únicos que se beneficiam com isso são um pequeno número de ‘amigos’ e ‘empresários’ que brincam com os bens do povo

03/06/2024

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O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) publicou um decreto instituindo o ‘Plano São Paulo na Direção Certa’ no último dia 22 de maio. Mas de forma prática, o projeto mostra que não tem nada de certo e que o governador continua seguindo no sentido errado quando o assunto é o direito dos trabalhadores e dignidade nos ambientes laborais. 

O decreto prevê um severo corte de gastos que deve ser seguido pelos órgãos, entidades e fundações da administração direta e indireta do Executivo. 

A lista é extensa, mas incluem redução dos custos de pessoal, prestação de serviços técnicos-especializados, locação de imóveis, suprimentos de informática e material de expediente, fornecimento de mão de obra e afins e até serviços de impressão. 

Além disso, o texto do plano abre margem para que tudo isso aconteça, inclusive, com parcerias com entidades privadas.
O escopo para isso é a justifica antiga de ‘eficiência do gasto público’ – que nada mais é que uma forma de autorizar o sucateio dos serviços estatais os dando de mão beijada para a iniciativa privada. 

A história já mostrou que os únicos que se beneficiam com isso são um pequeno número de ‘amigos’ e ‘empresários’ que brincam com os bens do povo transformando-os em empresas com lógicas anti-trabalhistas. O resultado disso é a precarização dos serviços públicos, perda de qualidade na saúde, educação, desfinanciamento da ciência e tecnologia pública, aumento dos gastos da população com serviços e outras tragédias.

O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) protocolou no dia 25 de maio, três dias após a publicação pelo governo Tarcísio, um projeto de lei para suspender o decreto. 

“Já vimos essa cena antes. O governo Doria encaminhou o famigerado PL 529/2020, que, se aproveitando do momento de pandêmica de Covid-19, estabeleceu medidas de ajuste fiscal, que permitiram a extinção de autarquias, o arrocho dos servidores e a demissão de trabalhadores. Logo após, veio o PLC 26/2021, com a reforma administrativa que devastou carreiras e extinguiu direitos do funcionalismo estadual. Não podemos permitir que novos ataques surjam”, justifica, acrescentando que:

“Mesmo que em fase de “estudos e planejamentos”, sabemos que as mudanças nunca são para melhorar de fato as carreiras públicas; são, sim, para retirar direitos, para acabar com as responsabilidades do Estado e para desmonte do serviço público, atacando diretamente o servidor.”

O SINTPq acompanha com preocupação a medida e manifesta seu apoio a proposta do deputado Carlos Giannazi.