SINTPq inicia campanhas salariais de agosto recebendo sugestões e pautando a redução de jornada
Profissionais das empresas com data-base em agosto já podem enviar contribuições para a pauta reivindicatória
As campanhas salariais das empresas com data-base em agosto estão começando! Desde o dia 2 de maio, as trabalhadoras e trabalhadores podem enviar sugestões para a pauta de reivindicações deste ano. Comunicados específicos com orientações para o envio foram enviados para cada uma dessas empresas, sendo elas: CNPEM, CEIMIC, Von Braun, Eurofins, Fundepag, Fundag, Fundação Ezute e FEALQ.
Após o período de envio, que termina em 13 de maio, será marcada uma assembleia para formação de pauta, onde serão debatidas as sugestões enviadas e outras que surgirem durante o encontro. Questões que não forem tratadas durante esse processo só poderão ser retomadas na próxima campanha salarial.
Neste ano, o SINTPq pretende pautar a redução da jornada de trabalho nas discussões com os profissionais e empresas da categoria. A luta histórica da classe trabalhadora pela redução das jornadas de trabalho sem redução de salários vem ganhando adeptos de peso e provando que é viável e lucrativa para as empresas.
Desde o início dos anos 2000, a França adota uma jornada de trabalho de 35 horas semanais. Em outros países, diferentes empresas já adotam ou, pelo menos, realizam testes reduzindo o expediente de trabalho. De acordo reportagem da revista Exame, em 2019, a filial da Microsoft no Japão testou um modelo de quatro dias úteis por semana e verificou um aumento de 40% no faturamento.
Outra reportagem recente, da CNN Brasil, mostra que na Inglaterra pesquisadores da Universidade de Oxford e da Universidade de Cambridge farão pesquisas sobre a semana de trabalho de 4 dias. Os testes começam em junho de 2022 com cerca de 30 empresas em todo o Reino Unido e devem durar pelo menos seis meses. O objetivo de monitorar mudanças na produtividade e na satisfação dos funcionários.
O presidente do SINTPq, José Paulo Porsani, defende redução da jornada de trabalho para que os trabalhadores e trabalhadoras também sejam beneficiados pelo aumento de sua produtividade. “Com o avanço das tecnologias, não há dúvidas de que produzimos mais em menos tempo. A questão é que o capital sempre se apropria do avanço tecnológico para ampliar o acúmulo financeiro. Está mais do que na hora dos trabalhadores também desfrutarem desse avanço reduzindo suas jornadas”, afirma.
Se você também vê a redução da jornada de trabalho como um importante passo para a melhora na qualidade de vida, não deixe de participar da construção da pauta reivindicatória deste ano. Coletivamente, essa e outras questões serão debatidas visando avanços no poder de compra, nos benefícios, na saúde mental e no bem-estar geral dos profissionais da categoria.
No SindCast 17, o tema abordado foi a redução da jornada de trabalho, com a participação do Jonas Bicev, doutor em sociologia pela USP e que teve o tema estudado em seu doutorado.
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