Amazul: CS 2015 é encerrada e trabalhadores intensificam mobilização
Em assembleia com mais de 250 funcionários, os profissionais da Amazul rediscutiram e aprovaram a contraproposta da empresa para a campanha salarial 2015. A decisão foi votada na manhã de ontem (27), no auditório da empresa. Com a extinção do dissídio coletivo pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), a direção da empresa manteve sua proposta anterior de reajuste de 4,15% nos salários.
A assembleia foi iniciada com a participação do advogado Francisco Coutinho, que representou o jurídico do SINTPq e esclareceu aos trabalhadores as circunstâncias e desdobramentos da extinção do processo de dissídio coletivo.
Os funcionários tiraram suas dúvidas e manifestaram indignação com a postura adotada pelo TST ao definir que somente dissídios coletivos econômicos estabelecidos em “comum acordo” serão válidos. Na prática, a determinação faz com que dissídios só possam ser instaurados com consentimento de ambas as partes, o que praticamente inviabiliza a entrada com processos na Justiça do Trabalho. Isto posto, deixa os trabalhadores com a opção única de partir para a negociação usando os recursos de força que dispõe: mobilização como manifestações e paralisações internas ou greve na porta da empresa (lembramos que os empregados da Amazul são contratados sob as leis da CLT e têm esse direito).
É hora de lutar por nossos direitos
O clima de participação e disposição foi intenso durante toda a assembleia. Os trabalhadores deixaram claro que somente a mobilização coletiva poderá garantir melhores resultados nas próximas campanhas salariais. Além disso, houve o comprometimento em intensificar o diálogo entre os colegas de trabalho e também com o Sindicato, a fim de construir uma unidade que fortaleça o poder de ambos perante os processos negociais.
Para a próxima campanha salarial, os trabalhadores já deram o aviso que não aceitarão mais a imposição do refeitório do CTM e exigirão o pagamento do vale refeição em dinheiro. Além disso, a recuperação das perdas acumuladas também será cobrada pelos funcionários.
Perante o momento de descontentamento e mobilização, o SINTPq convoca todos os profissionais da Amazul a seguirem unidos e em constante diálogo para que, dessa forma, uma nova realidade de participação e luta seja construída na empresa.
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