Atos em defesa da democracia tomam as ruas do país
Na noite de ontem, dia 31, centenas de milhares de pessoas saíram às ruas em defesa da democracia e das conquistas sociais dos últimos anos. Manifestações aconteceram nos 26 Estados e no Distrito Federal e reuniram movimentos sociais, centrais sindicais e setores progressistas da sociedade. Outros grupos se manifestaram no exterior, como em Lisboa e Berlim. Os atos também tiveram apoio da classe artística - Chico Buarque, por exemplo, discursou contra o golpe no Rio.
Na capital paulista, mais de 40 mil pessoas, segundo o Datafolha, se reuniram na Praça da Sé. Participam do ato integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Frente Brasil Popular, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central de Movimentos Populares (CMP).
Em Campinas, a Frente Brasil Popular, o Fórum Municipal de Defesa dos Direitos Humanos e o Conselho Municipal de Direitos Humanos e Cidadania realizaram na noite de ontem um ato contra o golpe e em defesa das instituições democráticas. A atividade contou com uma aula pública no Largo da Catedral com a presença do presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann.
Opinião
As manifestações relembraram o golpe militar de 1964, que completou 52 anos ontem. Cartazes, discursos e depoimentos denunciando as atrocidades cometidas durante os 21 anos de regime ditatorial marcaram presença em todos os atos.
Os manifestantes aproveitaram a data para fazer um paralelo entre o cenário político atual e o vivido no país em 1964. Ao promover essa relação entre os períodos, fica evidente que, após 52 anos, o golpismo e desrespeito ao resultado das urnas voltaram a se manifestar na sociedade brasileira.
O Brasil atravessa seu período mais longo de experiência democrática e vê essa conquista ameaçada por um golpe pautado em um processo de impeachment sem embasamento legal. Os derrotados nas últimas eleições querem, na verdade, retomar as políticas neoliberais buscando soluções para a crise que agridem os direitos trabalhistas. A regulamentação da terceirização será o primeiro ataque dessa investida contra as conquistas dos trabalhadores.
O SINTPq defende e seguirá na luta pela manutenção do Estado Democrático de Direito, pelo respeito aos nossos princípios constitucionais e pela manutenção e aprofundamento das políticas de inclusão social.
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