Notícias | Boletins compilados pelo SINTPq contam a história da categoria

Boletins compilados pelo SINTPq contam a história da categoria

04/11/2020

Valorizar nossa história nos mantêm fiéis aos nossos princípios. Por isso, o SINTPq registrou e organizou seus milhares de boletins publicados ao longo de três décadas de luta. Até meados dos anos 2000, todos os informativos do sindicato eram impressos. Neles, também está registrada a história da categoria, com seus desafios, conquistas e os resultados de cada negociação.

Vasculhar esses arquivos de boletins é uma verdadeira viagem no tempo. Uma viagem pela história do sindicato, da categoria e também do Brasil, pois diversas edições abordam aspectos nacionais da época. Planos econômicos, eleições, crises e a política e economia brasileira de modo geral. Todos esses momentos se fazem presentes nas páginas dos boletins do SINTPq. Confira a seguir e viagem no tempo com a gente.

É impossível passar por essas edições sem destacar momentos marcantes da história do sindicato. Um deles foi a recontratação dos fundadores do SINTPq. Em janeiro de 1991, logo após o nascimento do sindicato, todos os sete membros da diretoria que trabalhavam no CPQD foram sumariamente demitidos. O patronato buscava matar o SINTPq em seu ninho, logo em seus primeiros momentos de vida. Todos esses dirigentes eram jovens constituindo suas famílias. Portanto, a demissão foi um golpe duro, mas após quase quatro anos de disputa judicial, conduzida pela advocacia Cremasco, eles venceram e retornaram de cabeça erguida.

Os boletins também registram a luta do sindicato contra as injustiças da terceirização no CPQD. Chamados de MOC (mão de obra contratada), os mais de 600 terceirizados atuavam na empresa exercendo as mesmas funções dos empregados diretos, mas com piores salários e benefícios. Esse cenário foi o propulsor do nascimento do SINTPq e também sua primeira grande batalha. Depois de muita luta, o sindicato conseguiu primarizar todos esses profissionais, garantindo a contratação de todos eles com condições igualitárias.

Já imaginou ter um acordo assinado e a outra parte simplesmente deixar de cumpri-lo? Foi o que aconteceu em 1996 com os profissionais do CPQD. Na época, além do Acordo Coletivo negociado diretamente com o Centro, os funcionários eram abrangidos por uma convenção nacional, assinada pela Telebrás e pela Federação Interestadual dos Trabalhadores, que garantia benefícios aos profissionais do setor. Com o descumprimento do acordo por parte da estatal, o SINTPq e os trabalhadores realizaram manifestações na portaria do CPQD, exigindo respeito aos seus direitos. Após o movimento, o acordo foi cumprido e ficou claro para a direção da Telebrás que os trabalhadores e trabalhadoras não aceitariam passivamente esse tipo de postura.

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