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Brasil avança no combate ao trabalho escravo

27/11/2014

Nesta semana foi publicada nova pesquisa envolvendo a situação do chamado trabalho escravo no mundo. Apesar de o país ainda ter 155.300 brasileiros submetidos a condições consideradas degradantes de trabalho, a posição global apresentou melhoras.

Ao redor do mundo a escravidão cresceu 20,13% e atinge 35,8 milhões de pessoas em 167 países.É um sinal de certos setores precisando continuar competitivos usando a mão de obra de maneira desumana, onde não há outras alternativas de emprego. As informações divulgadas nesta semana constam do relatório da Walk Free Foundation, uma organização internacional que tem como missão acabar com a escravatura moderna. A ONG criou um Índice de Escravidão Global, classificando os países de acordo com a proporção de escravos em relação à população. Para o indicador, são consideradas as pessoas que vivem em condição análoga à escravidão no mundo; são vítimas de trabalho forçado, tráfico humano, trabalho servil derivado de casamento ou dívida, exploração sexual e exploração infantil.

Sétima economia do mundo, o Brasil passou da 94ª posição, com 200 mil pessoas consideradas em condição análoga a de escravo, para 143ª posição no ranking do relatório deste ano. Pelo código penal brasileiro, o trabalho análogo à escravidão é aquele em que há submissão a condições degradantes, como jornada exaustiva (de 12 horas ou mais, acima do que prevê a lei), servidão por dívida e com riscos no ambiente de trabalho. A pesquisa mostra que, no ano passado, a construção civil foi o setor com mais destaque no emprego desse tipo de mão de obra, seguido pelo agrícola.

Topo do ranking

Entre os países que apresentam a maior proporção (prevalência) de população em condições de escravidão estão: Mauritânia (com 4%), Uzbequistão (3,97%), Haiti (2,3%), Qatar (1,36%) e Índia (1,14%).