Brasil e África do Sul planejam liderar iniciativa de pesquisa no Atlântico
O coordenador para Mar e Antártica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Andrei Polejack, e o diretor-geral adjunto do Departamento de Ciência e Tecnologia da África do Sul (DST, na sigla em inglês), Thomas Auf der Heyde, assinaram ontem (22) a declaração final do Workshop Sul-Sul sobre a Colaboração em Pesquisa no Atlântico Sul e Tropical, na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).
Na solenidade de encerramento do encontro, iniciado na quarta-feira (21), Polejack reforçou que a cooperação internacional é um fator-chave para intensificar e aperfeiçoar a ciência dos países que compartilham as águas do Atlântico Sul: "Estabelecer um programa de pesquisa conjunto elevaria bastante os benefícios possíveis para as nações limítrofes do oceano".
Para Auf der Heyde, uma coordenação transversal teria potencial de aprofundar as parcerias bilaterais e aumentar a escala dos esforços de pesquisa nacionais. "Um objetivo adicional seria discutir como a colaboração sul-sul pode se alinhar à agenda de pesquisa da Aliança de Pesquisa Oceânica do Atlântico, formada por Canadá, Estados Unidos e União Europeia", sugeriu.
O documento expressa a vontade dos dois países de levar adiante as discussões do Workshop, possivelmente liderando o processo de gênese de uma iniciativa de colaboração em pesquisa oceânica no Atlântico Sul, com os objetivos de reforçar a capacidade de recursos humanos, fortalecer projetos em andamento e identificar possíveis atividades a serem desenvolvidas dentro da parceria. Segundo o texto, os demais países da região seriam bem-vindos.
Brasileiros e sul-africanos concordaram, ainda, em criar um grupo de trabalho para formular uma agenda de pesquisa que estimule projetos concretos a partir de instrumentos nacionais e internacionais existentes, aperfeiçoando sua coordenação. Angola, Argentina, Namíbia e Uruguai, também presentes no Workshop, foram convidados a indicar membros para o colegiado.
Durante o evento, diplomatas, gestores e pesquisadores discutiram possibilidades de colaboração em quatro domínios temáticos principais: controle de processos de variabilidade de ecossistemas; mudanças climáticas; recursos vivos, biodiversidade e manejo da pesca; e trabalho em rede.
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
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