Cientistas imprimem órgãos com células vivas. E isso é um grande passo para a bioengenharia
Cientistas conseguiram imprimir orelhas, narizes e ossos, com células vivas, que imitam tecidos humanos, em uma impressora 3D. O avanço foi comemorado por cientistas do Wake Forest Baptist Medical Center, centro de medicina regenerativa, financiado em parte pelo exército dos EUA.
A novidade foi aplicada em animais com sucesso. Ela ainda será testada em humanos - se os resultados forem positivos, em breve impressoras poderão criar cartilagens e ossos para pessoas feridas. A expectativa é que uma orelha criada com tecidos humanos, por exemplo, funcione melhor do que uma prótese feita só de plásticos.
Na revista “Nature”, os pesquisadores dizem que utilizaram células de humanos, coelhos e ratos para criar os implantes. Os membros foram colocados em ratos. Após dois meses, as orelhas mantiveram seu formato e formaram tecidos de cartilagem. Os músculos, depois de duas semanas, começaram a criar nervos. E os ossos, em cinco meses, levaram à formação de sistemas de vasos sanguíneos.
Como funciona a tecnologia
As estruturas humanas criadas em impressoras 3D até o momento eram mais instáveis. Os órgãos criados pela Wake Forest são feitos à partir de uma nova tecnologia, chamada ITOP (impressora de órgãos de tecidos integrados, na sigla em inglês).
A tecnologia é considerada um avanço porque, pela primeira vez, revela que “você pode fazer tecidos funcionais, vascularizados, em estruturas grandes e que podem ser usados para aplicações clínicas”, diz Ali Khademhosseini, engenheiro biomédico na Universidade de Harvard, ao site “The Verge”.
O maior desafio dos cientistas da Wake Forest era conseguir manter as células vivas durante e depois do processo de impressão. Para isso, o equipamento precisa ser muito mais sutil e cuidadoso do que uma impressora 3D comum.
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