Notícias | Contra cortes na saúde, SINTPq e Conselho Municipal “abraçam” hospital Mário Gatti

Contra cortes na saúde, SINTPq e Conselho Municipal “abraçam” hospital Mário Gatti

04/10/2017

O SINTPq participou na manhã de hoje, dia 4, de manifestação contra os recentes cortes na saúde pública de Campinas. O ato aconteceu às 9h, em frente ao hospital Mário Gatti, e promoveu um abraço simbólico ao local. A manifestação foi convocada pelo Conselho Municipal de Saúde e reuniu movimentos sociais, sindicatos, conselhos locais e outras instituições e organizações da sociedade civil. 

De acordo com o Conselho, a Prefeitura de Campinas promoveu neste ano um congelamento de 25% nos recursos da saúde. Além das questões orçamentárias, o CMS também protestou contra a falta de profissionais e medicamentos nas unidades de atendimento, falta de manutenção dos equipamentos, parcelamento nos salários dos profissionais do SUS e condições de trabalho precárias.

Em agosto, o CMS entregou ao prefeito Jonas Donizette um abaixo-assinado com mais de 26 mil assinaturas exigindo a suspensão dos cortes orçamentários e sua participação em uma audiê ncia pública. Até o momento, a audiência não foi marcada e as reivindicações não foram atendidas.

A presidenta do Conselho, Maria Haydée de Jesus Lima (foto), destacou que a redução nos repasses acontece justamente em meio à crise econômica, quando a população mais necessita ser amparada pelos serviços públicos.

“Vivemos o pior momento dos serviços de saúde da história da cidade. Faltam profissionais, medicamentos, material de enfermagem e odontológicos. Isso acontece justo quando mais precisamos que o SUS seja garantido como direito constitucional”, protestou a presidenta.

O diretor do SINTPq, José Paulo Porsani (foto), representou o Sindicato na manifestação e criticou a falta de diálogo por parte da administração municipal.

“O descaso da prefeitura de Campinas chega ao ponto de, após receber um abaixo-assinado com mais de 26 mil assinaturas, sequer abrir diálogo direto com o Conselho Municipal de Saúde. Com essa postura, a prefeitura despreza as representações da sociedade, oficialmente constituídas e que se preocupam em debater a melhoria da saúde pública na cidade”, afirmou Porsani.