Notícias | Instituto de Pesquisas Tecnológicas desenvolve técnica mais precisa para tratar solo

Instituto de Pesquisas Tecnológicas desenvolve técnica mais precisa para tratar solo

13/01/2014

a tratar de solos contaminados, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, de São Paulo, desenvolveu uma técnica que dá mais precisão e segurança ao trabalho.

Com uma amostra de terra, pesquisadores fazem o diagnóstico de um terreno doente. Só no estado de São Paulo, existem mais de quatro mil áreas contaminadas. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) tenta descobrir os remédios.

“O resultado que a gente tenta chegar é a partir da identificação de um contaminante, é testar em laboratório os reagentes químicos que venham a destruir este contaminante formando água e gás carbônico”, explica Wagner Aldea, pesquisador do IPT.

Os reagentes descobertos em laboratório são aplicados na área contaminada e ficam ali, debaixo da terra, por um ou dois anos, até que o terreno esteja apto a ser usado de novo.

Essa técnica de injetar um produto no solo para combater a contaminação não é nova. Isso já vem sendo feito no Brasil há alguns anos. A novidade é controlar isso com um computador, porque, afinal de contas, o antídoto é um produto químico e se, alguém errar na dose, vira veneno.

A mancha debaixo da terra ilustra uma área contaminada. Se o produto químico é injetado com pressão demais, por exemplo, pode desviar do caminho e contaminar uma parte do terreno que estava limpa. Confira no vídeo.

O equipamento que faz o trabalho com a supervisão do computador foi desenvolvido pelo IPT com ajuda de dinheiro público. O financiamento de R$ 14 milhões veio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O sistema móvel de tratamento de poluentes pode ser usado em terrenos contaminados por pesticidas aplicados em plantações e também por solventes usados em máquinas industriais e tintas.

O contato com esses produtos pode provocar vômitos, irritações na pele e até câncer. O reagente que vai tratar o solo fica em tanques. O computador controla a água misturada, a quantidade injetada no terreno e a pressão.

“O fato de o equipamento ser automatizado e o controle dos processos feito por computador acaba melhorando bastante a eficácia e a qualidade de aplicação deste método de remediação, de tal forma que a comunidade e a sociedade possam usufruir dessa tecnologia”, afirma Nestor Kenji Yoshikawa, pesquisador do IPT.

Fonte: Jornal Nacional