Mais uma fronteira de desenvolvimento econômico: a bioeconomia
Os campos de atividades econômicas derivados da pesquisa científica estão passando por intensa renovação, dinamização e ganhando assim novas nomenclaturas. Um deles é a bioeconomia.
O termo bieconomia foi criado pelos professores Juan Enriquez e Rodrigo Martinez - fundadores da Harvard Business School Life Sciences Project. O conceito analisa a forma como as ciências da vida, principalmente a genética, a biologia molecular e celular, transformam produtos, negócios e a indústria mundialmente. De acordo com a Organização de Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE), a expectativa é que a biotecnologia industrial movimente € 300 bilhões em 2030. Atualmente, o mercado maior é o de biocombustíveis, seguido do de bioquímicos e de bioplásticos.
Acadêmicos, técnicos especializados e empresas movimentam-se em torno deste campo e preocupam-se no Brasil com sua regulamentação adequada. Uma preocupação também é a lentidão para registro formal das pesquisas e respectivas patentes.
A áerea da bioeconomia é um setor dependente de capital intensivo e normalmente seus fundos misturam fontes privadas, públicas e do terceiro setor. A segurança jurídica é fundamental, pois são projetos com retornos de 5, 10 ou 20 anos. Porém para democracias estáveis e sem inflação, podem atrair muitos recursos pela capacidade de gerar dividendos por várias gerações.
No Brasil o setor de biocombustíveis é um exemplo notório da bioeconomia. Outro exemplo, no setor de instituições públicas de pesquisa, é a Embrapa. Tem forte atuação no desenvolvimento bio no campo agrícola e agropecuário, tornando-se referência mundial, com padrões elevados de resultados, determinantes para o Brasil ser um líder na produção de alimentos.
“A bioeconomia estabelece um novo patamar de desenvolvimento para enfrentar os desafios do mundo moderno, como escassez de água potável, produção de alimentos, mobilidade urbana, envelhecimento da população e mudanças climáticas. A principal vantagem da bioeconomia é produzir mais com menos matéria prima e insumos”, afirma Carlos Eduardo Abijaodi, analista desta especialidade aplicada à indústria.
A bioeconomia é também uma nova fronteira para carreiras profissionais devido aos requisitos mais complexos exigidos na formação.
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