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#MaisMulheres: SINTPq participa do 3º Encontro Nacional de Mulheres na Tecnologia

15/09/2015

Entre os dias 11 e 12 de setembro o SINTPq participou do 3º Encontro Nacional de Mulheres na Tecnologia. Nossa representante foi a diretora do sindicato e funcionária do CPqD, Maria Felomena dos Santos, mais conhecida como Filó. Confira abaixo o relato da sua participação e sua importante contribuição para a valorização feminina na ciência e tecnologia.

“O que significou participar deste evento?

Trabalhando no CPqD, uma empresa que tem como pilastra a tecnologia, sendo da diretoria do SINTPq, sindicato que representa os trabalhadores em Ciência e Tecnologia, e como diretora responsável pela pasta de Políticas Públicas, participar do 3º Encontro Nacional de Mulheres na Tecnologia foi uma forma de ganhar maturidade e perceber o quanto ser mulher não é só uma questão de gênero.

Entre palestras e depoimentos foi notável perceber que nos dias atuais ainda há muita discriminação contra as mulheres e, em particular, no ambiente de TI. Há muita diferença de tratamento e reconhecimento quando a letra F substitui a letra M. Ouvindo tanto as mulheres mais experientes quanto as jovens ainda em formação, eu comecei a refletir sobre o ser mulher hoje e levantei algumas questões.

Às vezes me passam a ideia de que temos sempre que fazer o dobro do que é feito pelo homem na mesma posição que a nossa. E ouvimos frases, como: Nós temos que ser melhores que os homens para conquistar nosso espaço. Eu não gosto dessa frase. Nós não temos que ser melhores que os homens. Nós seremos melhores naquilo que queremos ser melhores, independente da disputa de gênero. Nós seremos melhores porque gostamos do que fazemos. Nós seremos melhores porque temos paixão pelo que fazemos. Nós seremos melhores porque os olhos brilham quando pensamos no que fazemos. Nós seremos melhores porque antes de sermos homem ou mulher, nós somos seres humanos que pensam, que desejam, que sonham, que têm um intelecto. E a coisa mais machista que pode existir, é achar que o intelecto é masculino. Não, o intelecto não tem sexo.

Querer igualdade de salário entre homem e mulher para uma mesma função não é questão de gênero, é questão de justiça.

Querer que tenhamos mais mulheres em cargos de chefia e gerência não é questão de gênero, é questão de reconhecimento de competência.

Não queremos criminalizar o homem, queremos apenas a igualdade de direitos quando os deveres são iguais. Isso é justiça.

A minha participação no 3º Encontro Nacional de Mulheres na Tecnologia gerou esta reflexão e admiração pelas mulheres que lá estiveram palestrando, algumas engajadas em movimentos, como Meninas digitais (Santa Catarina) e Movimento de Mulheres no Software Livre.

Enfim, essas são as considerações que tinha a fazer.

Filó”