MCT&I discute avanços na parceria com países africanos
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) participou na última sexta-feira (27) do seminário "Repensando a ASA: cooperação para a paz e o desenvolvimento sustentável – uma nova ASA". Na ocasião, foram discutidas estratégias para avançar na cooperação da América do Sul com a África, no âmbito da ciência, tecnologia e inovação (CT&I).
"O MCTI tem várias cooperações com países africanos. Neste encontro, almejamos concretizar a nossa política de cooperação Sul-Sul, que para nós é prioridade", disse a coordenadora-geral de cooperação internacional da pasta, Bárbara Ribeiro de Santana, ao participar do seminário promovido pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Ela citou como exemplos de ações que podem ser estendidas ao continente o Programa de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, desenvolvido pela Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis/MCTI), e o Programa de Interconexão de Redes de Pesquisa, via Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
"No bojo das iniciativas com a RNP, já conseguimos promover transferência e acesso à documentação científica, além de desenvolver o programa de telemedicina assistida, no qual é possível, por exemplo, ver simultaneamente uma cirurgia que está acontecendo em outro país. Agora queremos levar isso para a África", afirma Santana.
O seminário teve por objetivo relançar a Cúpula América do Sul – África (ASA), iniciativa birregional de cooperação Sul-Sul que tem na área de CT&I um de seus principais focos de interesse. Trata-se de uma etapa inicial na preparação para a próxima Cúpula ASA, a ser realizada em 2016, no Equador.
Sobre a Cúpula
A ASA foi concebida como um mecanismo para promover a cooperação direta e o diálogo político entre as duas regiões. Reúne 66 países – 12 sul-americanos e 54 africanos –, correspondendo a aproximadamente um terço do número de Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU).
A participação brasileira na ASA reflete a prioridade da América do Sul para o Brasil e a importância crescente atribuída à África, vista cada vez mais como parte da nossa vizinhança. O mecanismo colabora para fortalecer a identidade da América do Sul, que se apresenta e dialoga com outra região de maneira integrada.
Além disso, constitui foro para o debate iniciativas que visam ao desenvolvimento de seus países-membros, em uma relação entre regiões pautada não por ajuda externa, mas sim por um processo de cooperação horizontal entre países que compartilham problemas e desafios comuns.
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
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