Método desenvolvido na Unicamp abre caminho para novas formas não-invasivas de diagnóstico
Uma técnica que utiliza a forma como os tecidos do corpo humano interagem com a luz e como essa interação muda, dependendo do estado de saúde e de atividade, vem sendo explorada por pesquisadores da Unicamp. Dissertação defendida no Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) permitiu refinar o método melhorando sua precisão e abrindo caminho para o uso de novos métodos não-invasivos de diagnóstico.
“Tudo é feito no paciente vivo, de modo indolor”, explicou o pesquisador Rickson Mesquita, orientador da dissertação “Utilização da fase para estimativa das propriedades ópticas absolutas do tecido biológico com espectroscopia óptica de difusão”, defendida pelo colombiano Reember Cano Rodríguez. “A ideia é incidir luz de baixa intensidade sobre o tecido. Aí essa luz é espalhada pelo tecido, e uma parte dela volta, trazendo informação sobre o tecido, suas propriedades ópticas, que estão relacionadas à fisiologia”, disse Mesquita.
A técnica, chamada espectroscopia óptica de difusão, usa fibras ópticas para enviar a luz – numa frequência baixa, de transição entre o infravermelho e a luz visível – até a região a ser analisada. A luz devolvida é captada por outras fibras, e um software analisa suas características, correlacionando-as ao estado fisiológico do tecido. “A gente consegue inferir, basicamente, a concentração de hemoglobina que tem no sangue, com oxigênio e sem oxigênio e, a partir daí, o metabolismo do tecido naquela região”.
“A hipótese da dissertação é que essa fisiologia é diferente em diferentes tecidos, e principalmente em tecidos normais e tecidos com problemas. Então, a ideia por trás foi tentar usar essa informação como um tipo de biomarcador, um marcador biológico in vivo, para poder diagnosticar a saúde do tecido”, disse. “Sem precisar coletar sangue, sem agulha, sem dor. Essa é a ideia”.
Fonte: Unicamp
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