Parques Tecnológicos consolidam modelo de polo de inovação
A região americana do Vale do Silício, no estado da Califórnia, concentra uma grande variedade de empresas de base tecnológica com forte vocação empreendedora e centros de P&D. Aliado a esse cenário há diversas universidades em localidades próximas, que intercambiam talentos e conhecimento com essas empresas, formando o que se chama de ecossistema de inovação. Em linhas gerais, pode-se definir o termo como um conjunto de pessoas, empresas e organizações se relacionando em busca de uma coevolução a partir do desenvolvimento de projetos inovadores.
Experiências em ecossistemas de inovação vêm ocorrendo em todo o mundo e estão se tornando mais comuns, tanto de forma natural quanto por meio de uma criação estimulada.
No Brasil, a região de Campinas, em São Paulo, se enquadra neste caso É uma região que se desenvolveu naturalmente enquanto polo de inovação, fortemente alavancada pelo estabelecimento da Unicamp e de centros de pesquisa relevantes para o país, como o CPqD, por exemplo.
Há em Campinas uma conjunção de fatores e qualidades, como vocação científica, cultura empreendedora, presença de empresas inovadoras e infraestrutura para negócios, levando a resultados que permitem definir a região como um ecossistema de inovação.
Mas se nem todas as regiões têm o mesmo contexto de Campinas, existem elementos através dos quais é possível fomentar o surgimento de ecossistemas de inovação. Uma das práticas mais adotadas pelo poder público no Brasil é o estabelecimento de parques tecnológicos. Esse formato de agrupamento de empresas e pessoas desempenha uma importante função ao possibilitar que empresas de base tecnológica mantenham contato com as universidades. Muitas startups saem das incubadoras das próprias universidades. Se elas se dispersassem geograficamente, certamente esse relacionamento seria afetado. Os parques permitem uma continuidade do sistema local desta inovação.
Os Parques Tecnológicos constituídos acabam levando em conta alguns preceitos: gestão criativa do espaço físico, em sistemas de coworking; interação contínua entre universidades e empresas; acesso a serviços tradicionais para zeladoria e manutenção e gestão imobiliária, do ponto de vista que com o sucesso o aspecto especulativo seja contido, de forma a não expulsar dali pequenas empresas e iniciantes de poucos recursos.
Há um longo caminho a trilhar para a consolidação dos Parques Tecnológicos no Brasil. O aprendizado vem com a prática e as experiências brasileiras ainda são muito recentes. Porém, as expectativas são animadoras.
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