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Pesquisa de minerais estratégicos coloca na pauta política para Terras Raras no país

26/11/2014

O IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas – tem procurado assumir o papel de interlocutor e interagente nos temas relativos à construção de uma política voltada para o Tema das “Terras Raras” no Brasil. Para isso tem procurado unir Governo, ICTs e Iniciativa Privada.

Há em curso no mundo uma ampliação das demandas por minerais.  Por mais de 50 anos predominaram as tradicionais explorações de ferro, zinco, níquel e outros similares, responsáveis pela base do fornecimento para as indústrias na economia da sociedade do século XX.

Entretanto, a inovação em combinação com a sustentabilidade, tem forçado a pesquisa a encontrar novas soluções e com isso parâmetros até recentemente desconhecidos. São novos equipamentos, eletrônicos e digitalizados, com combinações até então não imaginadas e que precisam de minerais alternativos para sua viabilidade.

Estes “novos” minerais, considerados estratégicos, como o lítio por exemplo, e existentes em menor escala, são aqueles que fazem parte das chamadas “Terras Raras”. E o Brasil poderá vir a ser um importante produtor, caso o investimento em pesquisas e bioeconomia sejam implantados de maneira intensiva, agregando valor para o desenvolvimento nacional. Hoje a China domina de maneira predominante a posição de líder de produção.

Esses minerais são chaves para a indústria de tecnologia, para novos equipamentos miniaturizados, para a produção de energia eólica e de carros elétricos.

“Ações relevantes vêm acontecendo hoje. O Governo Federal inseriu a ação ETR-BR no programa Brasil Maior, que está fazendo articulações e inserindo nas políticas do governo questões que envolvem o tema terras-raras”, segundo o superintendente geral da Fundação Certi, Carlos Alberto Schneider, envolvida em pesquisas do setor.

“Percebemos a necessidade de mudar o modelo predominante da indústria mineral de produzir somente commodities para a fabricação de produtos de alta tecnologia. A agregação de valor e o adensamento da cadeia tecnológica da cadeia produtiva foram duas das diretrizes estabelecidas”, afirmou Elzivir Azevedo Guerra, diretor do Departamento de Transformação e Tecnologia Mineral do Ministério de Minas e Energia, em

Workshop sobre o assunto promovido pelo IPT.

O domínio de fracionar estes minerais, separar suas partículas ativas e empregá-las de forma adequada na cadeia econômica hoje passa pelos trabalhos do Laboratório do Centro de Tecnologia em Metalurgia e Materiais do IPT.