Pesquisador da Unicamp desenvolve sistema que facilita a comunicação com deficientes auditivos
Quem convive, de alguma forma, no trabalho ou no lar, com um deficiente auditivo enfrenta no dia a dia dificuldades ao tentar iniciar com ele a comunicação através de ato ou gesto. Por décadas os métodos utilizados para captar a atenção de um deficiente auditivo ou surdo para iniciar uma interação são sempre os mesmos. Apesar da profusão de tecnologias de comunicação em uso entre as comunidades de deficientes auditivos e surdos, a dificuldade para captar a atenção inicial deles não foi ainda superada com a utilização de novas tecnologias.
Esse cenário motivou Marcelo Sodré Plachevski, graduado em Tecnologia de Informática, a dedicar-se ao mestrado em que projetou e desenvolveu um sistema que utiliza a tecnologia de reconhecimento de voz, através de um dispositivo móvel, sensível à voz de qualquer locutor, capaz de gerar um alerta vibratório e luminoso para o surdo quando uma das palavras previamente registradas no dicionário do sistema é pronunciada. O trabalho foi orientado pelo professor Rangel Arthur, da Divisão de Telecomunicações da Faculdade de Tecnologia da Unicamp, campus de Limeira, atual coordenador do curso de Engenharia de Telecomunicações, e foi coorientado pelo professor Francisco J. Arnold.
O pesquisador lembra que não existe uma tecnologia com reconhecimento de voz voltada para o alerta do deficiente auditivo como a proposta em seu projeto. Ainda hoje ele depende muito de alertas tradicionalmente utilizados. Por essa razão, a ideia que conduziu ao trabalho constitui uma inovação e despertou o interesse da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis) de São Paulo, quando o conceito inicial da ideia foi apresentado por ele ainda em fase de concepção.
Ainda no início do desenvolvimento do estudo, Marcelo constatou essa realidade ao visitar a Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (ReaTech), que acontece anualmente em São Paulo e que reúne todas as tecnologias existentes voltadas para deficiências de forma geral. Na ocasião, ao manter contato com associações de deficientes auditivos e com empresas que trabalham com produtos voltados para a audição, ele confirmou que não existia nada similar ao que pretendia criar.
Fonte:Unicamp
Foto: Antonio Scarpinetti
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