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Químicos do estado de São Paulo assinam acordo e preservam direitos

25/10/2018

As federações dos trabalhadores no setor químicos da CUT (Fetquim) e da Força Sindical (Fequimfar) no estado de São Paulo assinaram na terça-feira (23) a nova convenção coletiva da categoria, com validade de dois anos e garantia de reajuste pela inflação, além de manutenção das cláusulas sociais. O acordo, que abrange aproximadamente 300 mil empregados, prevê também pagamento de participação nos lucros ou resultados (PLR).

"A unidade garantiu o reajuste de 100% do INPC para salários e pisos", afirmou o presidente da Fequimfar, Sérgio Luiz Leite, o Serginho, anfitrião do ato de assinatura, após aprovação em assembleias. "Conseguimos ir contra a reforma trabalhista e preservar importantes direitos. Estamos resistindo aos malefícios dessa reforma e fortalecendo as negociação coletivas", acrescentou.

Segundo o coordenador político da Fetquim, Airton Cano, nem todos os sindicatos filiados à entidade puderam comparecer à reunião, mas assinarão a convenção coletiva nos próximos dias.

A convenção prevê reajuste com base no INPC acumulado em 12 meses, até outubro, véspera da data-base (1º de novembro). O índice será divulgado pelo IBGE no próximo dia 7. A PLR será de R$ 1.000 nas empresas com até 49 funcionários e de R$ 1.110 naquelas com 50 ou mais empregados.

Os trabalhadores do setor têm direito a 24 meses de auxílio-creche, após o período de licença-maternidade. As pessoas devem manter local adequado para esse fim ou conceder reembolso. A convenção prevê pagamento de adicional de 70% sobre as horas extras de segunda a sábado (a lei fala em 50%) e 110% nos sábados compensados, descanso semanal remunerado (DSR) ou feriados (100%).

Metalúrgicos

Representantes da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT) em São Paulo assinaram ontem (22) convenções coletivas com vários grupos patronais. Segundo os sindicalistas, os acordos garantem renovação das cláusulas sociais e reajuste salarial de 5%, o que inclui aumento real (acima da inflação) de 1,31% para 42 mil trabalhadores.

Segundo o sindicato do ABC, aproximadamente 11 mil empregados, de outros setores, ainda estão sem acordo, e as negociações continuam.

por Redação Rede Brasil Atual