SINTPq lamenta o falecimento de Papa Francisco
Comprometido com a justiça social o Papa sempre defendeu trabalho seguro e justo
O SINTPq lamenta profundamente o falecimento do Papa Francisco, ocorrido nesta segunda-feira, e presta solidariedade a todas as pessoas que encontraram na sua trajetória uma fonte de fé, humanidade e compromisso com a justiça social.
O Santo Padre se manteve firme em sua defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Em uma de suas falas públicas sobre o tema, durante audiência com representantes da Confederação Geral Italiana do Trabalho, Francisco deixou uma mensagem que se torna ainda mais urgente: o trabalho deve ser digno, seguro e voltado para o bem comum.
“Não há sindicato sem trabalhadores e não há trabalhadores livres sem sindicatos”, afirmou o Papa diante de cerca de 6 mil pessoas na Sala Paulo VI, no Vaticano. Em seu discurso, destacou o papel essencial das organizações sindicais na promoção da dignidade humana, fraternidade e democracia no ambiente de trabalho.
Papa Francisco denunciou a precarização das relações trabalhistas e a cultura do descarte. “Ainda há muitos mortos, mutilados e feridos no local de trabalho. Cada morte no trabalho é uma derrota para toda a sociedade”, ressaltou, destacando que o lucro não pode ser colocado acima da vida humana.
O Papa também chamou atenção para a juventude, que enfrenta contratos precários e jornadas extenuantes, e para os "trabalhadores pobres", que, mesmo com emprego formal, não conseguem garantir uma vida digna para suas famílias. Para ele, o aumento das demissões voluntárias não é desengajamento, mas o desejo profundo de humanizar o trabalho.
Sua visão reflete o que o SINTPq defende todos os dias, trabalho digno, seguro e respeitoso. Francisco lembrou que “o sindicato é chamado a ser a voz dos sem-voz” e que cabe a cada um de nós – trabalhadores, sindicatos e sociedade – proteger a vida no ambiente laboral, construir alianças e promover a paz.
Além disso, o Papa se destacou por sua postura progressista e compromisso com a justiça social. Defendeu os direitos dos imigrantes e refugiados, criticou as políticas de deportação e ressaltou a importância da acolhida. Também foi uma voz importante na luta pelos direitos da população LGBTQIA+, afirmando: "Quem sou eu para julgar?".
Francisco combateu os abusos sexuais dentro da Igreja, adotando uma política de tolerância zero e criando formas de prevenção e reparação. Criticou o "capitalismo selvagem", defendendo uma economia centrada nas pessoas, e apoiou a taxação de super-ricos para reduzir a desigualdade social.
Em sua encíclica Laudato Si’, alertou sobre a crise ambiental e a necessidade de cuidar do planeta, destacando o impacto da destruição do meio ambiente nos mais pobres. Além disso, trabalhou para reformar a Igreja, buscando maior transparência e combate à corrupção.
O legado do Papa Francisco continua a inspirar todos. Suas palavras e ações seguem guiando a luta por um trabalho digno e por direitos humanos. Que sua memória continue nos orientando.
Papa Francisco, presente!
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