Ato em defesa da democracia e da Petrobras reúne trabalhadores e movimentos sindicais
Na primeira manifestação convocada pela Frente Brasil Popular, formada por movimentos sociais, centrais sindicais e partidos progressistas, milhares de militantes tomaram as ruas do Brasil neste sábado (3) em defesa da democracia, contra o ajuste fiscal e para celebrar os 62 anos de um dos alvos preferidos dos privatistas: a Petrobras.
Da mesma maneira que a luta para manter o petróleo como patrimônio nacional forjou o nascimento da maior estatal do país, a celebração de um dos pilares do desenvolvimento teria de ser com o povo nas ruas.
Sob o céu cinza de São Paulo, cerca de 10 mil pessoas partiram da sede da empresa, na Avenida Paulista, em marcha até a Praça da Sé, marco da luta pela democratização do país.
Ainda na Paulista, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, defendeu que os movimentos sindical e sociais têm a missão de impedir um golpe que, caso avance, terão como resposta um enfrentamento ainda maior contra a direita.“Somos os construtores no país, os que constroem os direitos da classe trabalhadora, que lutam por melhores salários, por moradia e por democracia. Não aceitaremos golpe. A Frente Brasil Popular vem para unificar os movimentos sociais no discurso, nas indignações e organizar as nossas lutas”, disse.
Ao reforçar também a unidade na luta, protagonizada pelo Fórum dos Movimentos Sociais, que atua em âmbito estadual, o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, enfatizou a disputa por soberania. “Estamos nas ruas para defender o patrimônio do povo brasileiro. O pré-sal é hoje uma das maiores riquezas de nosso país, disputado por parlamentares e empresas que têm interesses estrangeiros. Queremos uma Petrobras para o povo brasileiro, para melhorar nossos serviços na saúde e educação e não a serviço do capital”.
Vagner também destacou que, a partir do 14º Congresso Nacional da CUT (CONCUT), que começa no dia 13 de outubro, será construída a secretaria nacional de Mobilização, para ampliar a relação com os movimentos sociais. “Temos muito que fazer pelo Brasil, como mudar esta política econômica que é nociva ao povo brasileiro. Chega de ajuste fiscal, o que precisamos é de políticas econômicas diferenciadas, com taxas de juros mais baixas, ter uma política de financiamento do mercado interno e de recursos para a educação, saúde, transporte e políticas públicas”, enfatizou.
Neste CONCUT, Vagner disse que a Central apresentará uma proposta popular de política econômica. “Não é a do [Joaquim] Levy, não é a dos cortes, nem do ajuste, mas uma política voltada para o desenvolvimento do Brasil e do povo brasileiro.”
Fonte: CUT
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