CNPEM oferece IPCA em duas vezes e assembleia é marcada para 14 de setembro
A assembleia ocorre na próxima terça-feira, às 8h, em frente ao antigo prédio do LNLS, mesmo local do último encontro. Novamente, haverá transmissão e participação simultânea via Microsoft Teams.
Em reunião nesta quinta-feira (9), SINTPq e CNPEM concluíram mais uma rodada negocial. A mobilização dos funcionários e do sindicato foi importante para que o Centro avançasse em relação à contraproposta anterior. Com isso, o SINTPq pôde encaminhar nova assembleia para 14 de setembro, terça-feira, às 8h, em frente ao antigo prédio do LNLS, mesmo local do último encontro. Novamente, haverá transmissão e participação simultânea via Microsoft Teams: https://bit.ly/AssembCNPEM14l09l21
Sobre o reajuste salarial, o CNPEM propõe a recomposição inflacionária pelo IPCA (8,99%) em duas parcelas. A primeira seria de 5%, paga na próxima folha salarial de forma retroativa a agosto/2021. Em dezembro, os 3,99% restantes seriam pagos com a mesma retroatividade.
Outro avanço obtido em mesa negocial foi a correção da tabela de participação nos benefícios. Na contraproposta anterior, não constava qualquer correção, o que aumentaria os descontos sofridos pelos funcionários. Agora, o CNPEM propõe corrigir a mesma pelo IPCA (8,99) a partir de agosto.
Em relação ao auxílio alimentação, o Centro mantém o valor de R$ 600,00, sem correção, com oferecimento de um abono no valor em R$ 500,00 em dezembro. Já o auxílio creche passaria para o valor de R$ 330,00. Na questão das horas negativas referentes ao período da pandemia, foi definido que a compensação poderá ser feita até dezembro de 2022, independentemente da data de retorno ao trabalho presencial. O documento com a íntegra da contraproposta pode ser acessado aqui.
O engajamento dos profissionais do CNPEM, o trabalho desenvolvido pelo sindicato e a atuação dos representantes dos funcionários em mesa negocial foram fundamentais nas negociações realizadas até aqui. O SINTPq entende como positivos os avanços obtidos, sobretudo nos pontos mais sensíveis aos trabalhadores, como reajuste salarial, benefícios, correção da tabela e horas negativas.
A complicada situação econômica e política do país está dificultando expressivamente a campanha salarial. O CNPEM, por exemplo, alega problemas de caixa ao justificar o parcelamento da correção. Ao mesmo tempo, a ausência de reajuste salarial em 2020, combinada com a recente disparada inflacionária, segue penalizando os trabalhadores e suas famílias.
Diante da nova contraproposta e das questões levantadas, cabe a cada funcionário avaliar os fatores e decidir seu voto. Participe da assembleia, convide seus colegas e contribua com esse processo democrático e de extrema importância na vida profissional e financeira de todos.
Retrospectiva da Campanha Salarial
A remuneração do conjunto de mais de 650 funcionários – formado em grande parte por técnicos e pesquisadores altamente qualificados – está congelada desde 2019, pois a direção do CNPEM e o Governo Federal negaram a possibilidade de qualquer reajuste na negociação coletiva do ano passado. Na negociação salarial deste ano, o Centro ofereceu 5% de reajuste em sua primeira contraproposta, índice abaixo da inflação do último período, que corresponde a 8,99% conforme o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O SINTPq e os funcionários do CNPEM reagiram aprovando Estado de Greve em assembleia no dia 24 de agosto. Mais de 230 trabalhadores e trabalhadores participaram da assembleia, que ocorreu de forma presencial no campus do Centro e também foi transmitida simultaneamente em videoconferência para os empregados em teletrabalho. Com a decisão, os profissionais passaram a poder paralisar as atividades assim que julgassem necessário.
Com a deliberação pelo início do Estado de Greve, o SINTPq iniciou diferentes ações para fazer desse período um momento de mobilização e engajamento. Veiculações na imprensa e publicações nas redes sociais denunciaram a situação enfrentada pelos profissionais do CNPEM. O objetivo, alcançado com sucesso, foi pressionar a direção do Centro a rever sua postura, buscando soluções ainda na esfera negocial.
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