7 de Junho chama atenção para a produção alimentar segura
O Brasil segue liderando o ranking global de consumo de agrotóxicos
O Dia Mundial da Segurança dos Alimentos, celebrado em 7 de junho, foi instituído pela ONU em 2018 como um alerta global sobre a importância do acesso a alimentos seguros e saudáveis. A data também convida governos, instituições e a sociedade a refletirem sobre o enfrentamento da fome e os riscos associados à produção e ao consumo de alimentos industrializados e contaminados.
No Brasil, dados recentes do IBGE revelam uma importante redução na insegurança alimentar grave. Em 2022, 33,1 milhões de pessoas viviam essa condição. Em 2023, o número caiu para 8,7 milhões. A melhora está diretamente relacionada à retomada de políticas públicas de combate à fome, incentivo à agricultura familiar e fortalecimento da rede de proteção social.
Apesar dos avanços, o país ainda enfrenta desafios significativos. O Brasil segue liderando o ranking global de consumo de agrotóxicos, com uma média de 7,6 litros por pessoa ao ano. Esse cenário representa um risco à saúde da população e à segurança dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros.
Outro ponto de preocupação é o aumento no consumo de alimentos ultraprocessados, associados ao crescimento de doenças crônicas como obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão. Estudos indicam que, anualmente, cerca de 57 mil mortes prematuras no país podem estar relacionadas ao consumo desses produtos.
Diante desse cenário, o SINTPq reforça a necessidade de políticas públicas robustas que combatam a fome, promovam a soberania alimentar e incentivem formas de produção sustentáveis. O sindicato também destaca o papel estratégico da categoria profissional que representa, atuando no desenvolvimento de tecnologias e soluções voltadas à produção de alimentos seguros, nutritivos e acessíveis para toda a população.