Inflação desacelera, mas ainda marca forte alta em janeiro
Em janeiro, os dois principais índices de inflação do país desaceleraram pelo segundo mês consecutivo. Mesmo com a queda, os índices registraram a maior alta para um mês de janeiro desde 2016
Em janeiro, os dois principais índices de inflação do país desaceleraram pelo segundo mês consecutivo. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou 0,67% de aumento, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) marcou 0,54% no último mês. Ambos inferiores aos números de dezembro. Mesmo com a queda, os índices registraram a maior alta para um mês de janeiro desde 2016, de acordo com dados divulgados pelo IBGE.
Após a alta histórica registrada nos últimos meses de 2021, o IPCA do mês caiu pela terceira vez consecutiva (0,54%), enquanto o acumulado dos últimos 12 meses voltou a subir, marcando 10,38%. As categorias que registraram maior alta em janeiro foram Artigos de Residência (1,82%) e Alimentação e Bebidas (1,11%). Vestuário (1,07%) e Comunicação (1,05%) também ficaram acima de um ponto percentual. Outro destaque é a categoria Transportes, que registrou queda de 0,11%. O IPCA mede a inflação para famílias com renda de até 40 salários mínimos.
INPC
Mesmo com o aumento de 0,67% em janeiro, menor que o 0,73% de dezembro, o INPC registrou 10,6% no acumulado dos últimos 12 meses, voltando a subir após a queda de janeiro. As principais altas são nas categorias Artigos de Residência (1,86%), Vestuário (1,19%) e Alimentação e Bebidas (1,08%). O INPC mede a inflação para famílias com renda de até 5 salários mínimos.
IPC-FIPE
Na contramão dos índices nacionais, O IPC-FIPE - que mede a inflação apenas na cidade de São Paulo - registrou o segundo mês consecutivo de alta, com 0,65% em janeiro. Já o acumulado dos últimos 12 meses caiu de 9,73% em dezembro para 9,60% em janeiro. O destaque é para a categoria Educação, que subiu 4,65%. Alimentos (1,19%) e Transportes (1,03%) também ficaram acima de um ponto percentual. O grupo Despesas Pessoais ficou em -0,71% e foi a única queda.
Cesta Básica
De acordo com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a cesta básica dos da cidade de São Paulo continua sendo a mais cara entre as capitais brasileiras. Com o valor de R$ 713,86, a cesta básica dos paulistanos é a única que ultrapassa a marca dos R$ 700,00. A variação é de 3,38% em relação a dezembro.
São Paulo – números de janeiro de 2022 (DIEESE)
Valor da cesta: R$ 713,86
Variação mensal: 3,38%.
Variação no ano: 6,65%.
Variação em 12 meses: 9,13%.
Produtos com alta de preço médio em relação a dezembro: café em pó (17,91%), banana (15,96%), batata (7,52%), tomate (7,11%), pão francês (1,96%), óleo de soja (1,87%), farinha de trigo (1,39%), carne bovina de primeira (0,36%), manteiga (0,35%) e açúcar refinado (0,24%).
Produtos com redução do preço médio em relação a dezembro: arroz agulhinha (-2,11%), do feijão carioquinha (-1,21%) e do leite integral (-0,98%).
Jornada necessária para comprar a cesta básica: 129 horas e 35 minutos.
Percentual do salário mínimo líquido gasto para compra dos produtos da cesta para uma pessoa adulta: 63,67%.
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