Notícias | IPCA e INPC fecham ano acima dos 10% pela 1ª vez em seis anos

IPCA e INPC fecham ano acima dos 10% pela 1ª vez em seis anos

Em 2021, os dois principais índices nacionais tiveram sua maior alta desde 2015

11/01/2022

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano de 2021 com alta de 10,06%, mais que o dobro dos 4,52% do ano anterior. De acordo com os dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (11), a inflação do ano passado foi a terceira maior deste século. Apenas 2002 (12,53%) e 2015 (10,67) fecharam com índices maiores. O IPCA mede o impacto da inflação para famílias com renda de até 40 salários mínimos.

Com a forte alta dos combustíveis, o grupo dos transportes foi o que apresentou a maior variação, marcando 21,03%. Em 2021, a gasolina aumentou 47,49% e o etanol 62,23%. Habitação (13,05%), Artigos de Residência (12,07%) e Vestuário (10,31%) também fecharam com mais de 10% de alta.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede o impacto da inflação para famílias com renda de até 5 salários mínimos, fechou o ano com alta de 10,16%, também a maior desde 2015. Transportes (19,29%), Habitação (13,85%) e Artigos de Residência (12,74%) foram os grupos com maior variação.

IPC-FIPE

Apesar da marca significativa de 9,74%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-FIPE), que mede a inflação apenas na cidade de São Paulo, ficou abaixo dos índices nacionais em 2021. Os segmentos que mais impactaram a vida dos paulistanos foram Transportes (17,51%), Alimentação (9,98%) e Habitação (9,06%).

Cesta básica

De acordo com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que pesquisa o valor da cesta básica nas capitais, São Paulo registrou a 9ª maior variação entre as capitais brasileiras, com 9,35% de aumento no ano. Mesmo assim, a cesta básica da capital paulista ainda é a mais cara do Brasil, custando R$ 690,51.

São Paulo – números de dezembro de 2021

Valor da cesta: R$ 690,51.

Variação mensal: -0,25%.

Variação no ano: 9,35%.

Produtos tiveram alta acumulada de preço no ano: açúcar refinado (59,92%), café em pó (39,42%), tomate (27,90%), manteiga (23,51%), carne bovina de primeira (12,76%), farinha de trigo (9,94%), pão francês (6,70%), óleo de soja (5,15%), banana (2,22%) e leite integral (0,59%).

Produtos com diminuição de valor no ano: batata (-24,41%), arroz agulhinha (-21,00%) e feijão carioquinha (-5,81%).

Produtos com alta de preço médio entre novembro e dezembro: café em pó (9,64%), banana (5,03%), óleo de soja (3,75%), açúcar refinado (3,20%), carne bovina de primeira (1,02%) e pão francês (0,61%).

Produtos com redução do preço médio entre novembro e dezembro: batata (-14,07%), tomate (-4,78%), feijão carioquinha (-2,93%), arroz agulhinha (-2,31%), manteiga (-1,48%), leite integral longa vida (-1,39%) e farinha de trigo (-0,83%).

Jornada necessária para comprar a cesta básica: 138 horas e 6 minutos.

Percentual do salário mínimo líquido gasto para compra dos produtos da cesta para uma pessoa adulta: 67,86%.