Há mais de 20 anos o estado de São Paulo assiste suas escolas serem sucateadas e precarizadas pelas administrações tucanas. Entretanto, as recentes mobilizações dos estudantes paulistas mostram que o descaso do governo Alckmin com a educação não será mais tolerado. Uma prova disso foi dada hoje pelos alunos e alunas da Etecap, que saíram às ruas para manifestar sua indignação.

Em protesto contra a falta de merenda na escola e por melhores condições no ensino público estadual, os estudantes realizaram uma manifestação na Avenida Cônego Antonio Roccato, em Campinas. A mobilização teve início às 7h na portaria do colégio e reuniu cerca de 400 estudantes. Após dialogarem em assembleia, os alunos decidiram pelo bloqueio da via e seguiram em passeata no sentido centro.

Engajados em prol da educação pública e contra os cortes de investimentos promovidos pelos governos estadual e federal, os estudantes denunciavam em suas palavras de ordem os desmandos da secretaria estadual de educação e exigiam o fornecimento da merenda em sua unidade de ensino. Além disso, os alunos exigiram a punição dos envolvidos no esquema de superfaturamento na merenda paulista.

O estudante secundarista e Diretor de Política do grêmio estudantil da Etecap, Allan Patrick, ressaltou que a luta dos estudantes não está limitada aos portões do colégio: “A questão da merenda não é específica da Etecap, estamos falando de uma luta que é tanto dos estudantes do Centro Paula Souza quanto dos estudantes das escolas públicas submetidas à secretaria de educação”.

Seguindo a linha de integração com a luta dos demais estudantes de São Paulo, que neste momento ocupam 14 escolas técnicas e a Assembleia Legislativa do estado, o aluno da Etecap e também membro do grêmio, Gustavo Rigatto, classificou a manifestação de hoje como “um ato de solidariedade aos secundaristas que estão lutando nas ocupações”.

O SINTPq entende que a educação é a pedra fundamental para o desenvolvimento científico nacional. Por isso, apoia as mobilizações promovidas pelos estudantes paulistas e seguirá em defesa de uma educação pública com qualidade e livre das mazelas impostas por 20 anos de políticas neoliberais.