Notícias | Acredite se quiser: IPT e GESP querem descontar 1,57% do reajuste deste ano

Acredite se quiser: IPT e GESP querem descontar 1,57% do reajuste deste ano

IPT e executivo estadual mudam a data-base, atrasam a campanha salarial do ano seguinte e ainda inventam uma "sobreposição" para diminuir o reajuste

06/04/2023

Após a última reunião com o SINTPq, realizada na quinta-feira (5), o IPT enviou comunicado sobre a campanha salarial. O instituto entende, e levou essa interpretação para o Governo do Estado de São Paulo (GESP), que houve sobreposição de reajustes no ano passado e que, portanto, o montante de 1,57% deve ser descontado da presente negociação.

É de causar espanto o fato de IPT e GESP não entenderem, ou fingirem não entender, que essa dita "sobreposição de reajustes" se deveu à mudança de data-base. Os trabalhadores e trabalhadoras, na prática, não ganharam nenhum percentual extra nos seus salários.

No mesmo comunicado, o IPT informa que o limite determinado para a negociação é o IPC-FIPE. Dessa forma, fica evidente que a intenção do GESP e do instituto é a de praticar um reajuste abaixo da inflação neste ano, pois o índice inflacionário teria 1,57% abatido.  Resumindo: IPT e executivo estadual mudam a data-base, atrasam a campanha salarial do ano seguinte e ainda inventam uma "sobreposição" para diminuir o reajuste.

A única sobreposição que realmente existe no IPT é a de atentados aos direitos dos ipteanos e ipteanas. Tal anúncio serve apenas para revoltar ainda mais os funcionários, que agora têm ainda mais motivos para iniciar uma forte mobilização. Chama a atenção a facilidade da diretoria para obter recursos destinados ao IPT-Open enquanto tem dificuldade para conseguir os valores necessários para pagar o que deve aos funcionários.

O SINTPq já está em contato com seu jurídico e, assim que houver formalização de contraproposta, convocará uma assembleia. Nesse encontro, os trabalhadores e trabalhadoras poderão avaliar a grave situação vivida no IPT e decidir os próximos passos da campanha salarial. Converse com seus colegas e mantenha o sinal de alerta ligado. Uma nova greve poderá ser inevitável.