Assembleia no dia 30/08 iniciará luta histórica no IPT
O SINTPq convoca as trabalhadoras e trabalhadores do IPT para a retomada da assembleia permanente!
Em assembleia realizada no dia 21 de agosto, as trabalhadoras e trabalhadores do IPT manifestaram sua indignação por não terem ainda a formalização por parte do GESP de uma contraproposta digna para a campanha salarial. A realidade é mais grave ainda, pois sequer há qualquer proposta, digna ou não.
O IPT já manifestou, através de ofícios e planilhas, ter condições de arcar com o reajuste sem a necessidade de suplementação orçamentária do GESP. Mesmo assim, os ipteanos e ipteanas seguem sem resposta oficial.
Em virtude desse tratamento desrespeitoso, foi deliberado conceder um período de mais 7 dias úteis, até 30/08/2023, para que uma resposta às nossas reivindicações fosse dada. Foi aprovado ainda estado de greve imediato, assembleia permanente a ser convocada em qualquer tempo e início do movimento grevista a partir de 30 de agosto com convocação de assembleia.
Enquanto o GESP não dá retorno, temos que conviver com juros de cartão de crédito rotativo, limite de cheque especial estourado, empréstimos consignados, entre outros problemas. São prejuízos que jamais serão recuperados.
É hora de mudar essa realidade. Por isso, o SINTPq convoca as trabalhadoras e trabalhadores do IPT para a retomada da assembleia permanente! Será no dia 30/08, às 8h em primeira chamada, em frente ao prédio 8, subsede do sindicato.
Só para relembrar
Em janeiro de 2023, diretores e conselheiros do IPT tiveram seus vencimentos majorados em 50%... Isso mesmo, 50%. Na ocasião, não houve demora e nem questionamentos, e o reajuste foi aplicado sem qualquer dificuldade. A justificativa da diretoria do IPT é de que esse reajuste foi ato da ALESP sancionado pelo governador, que acabava de assumir, e que os vencimentos deles estavam congelados desde 2019.
Nós sabemos que diretoria e conselheiros não recebem os mesmos percentuais aplicados aos seus vencimentos, o que é uma pena. Vamos então recapitular os últimos reajustes:
- Em 2019/2020, mesmo após negociação salarial e proposta de recomposição inflacionária de 4,77%, o GESP oferece 0,00%. E dá-lhe greve para garantir nossos direitos;
- Em 2020/2021, pandemia, “inflação baixa” (2,38%), proposta do IPT novamente 0,00%, trabalhadores aceitaram;
- Em 2021/2022, mais uma vez o GESP autoriza 0,00%. Mais uma vez não restam alternativas que não buscar a justiça e... Dá-lhe greve, novamente a justiça reconheceu nosso direito concedendo 11,09%;
- Em 2022/2023, os trabalhadores aceitaram proposta de recomposição inflacionária de 10,33%. Já a diretoria e os conselheiros tiveram 2,98% em 2019 e 50% em 2023 sobre seus vencimentos.
Somados todas as recomposições inflacionárias, trabalhadoras e trabalhadores do IPT tiveram 28,41% de 2019 a 2023, lembrando que esse índice só foi possível graças a indignação de todas e todos e as ações judiciais do SINTPq. Já diretoria e conselheiros somaram 54,47% no mesmo período.
Somos nós que, através de nossos esforços e trabalho, temos que gerar boa parte dos recursos da folha salarial da instituição, somos nós que pagamos esse reajuste de 50% da diretoria e conselheiros e somos nós que temos que sofrer com o descaso do GESP em não atender minimamente e dignamente nossas reivindicações.
Últimas cartadas do sindicato
O SINTPq, assessorado por seu departamento jurídico, entrou na última quinta-feira (24) com pedido de mediação no TRT-SP. Nossos esforços resultaram no agendamento da mediação para o próximo dia 29/08, às 15h, por meio virtual.
O sindicato tem um histórico de luta vitoriosa nas judicializações que foram necessárias para resolver conflitos. Essas ações sempre primaram pela legalidade dos processos e foram tomadas mediante a vontade dos trabalhadores.
Não fossem as ações do SINTPq, movidas por seu competente departamento jurídico, prejuízos salariais e ataques aos benefícios conquistados nos imporiam perdas irreparáveis. Mais do que um direito constitucional, o movimento grevista é a única ferramenta que os trabalhadores dispõem para terem seus direitos garantidos.
Em conjunto com suas iniciativas jurídicas e sindicais, o SINTPq buscou o apoio de parlamentares na ALESP. A deputada Beth Sahão, coordenadora da frente parlamentar em defesa das universidades e institutos públicos, fez ofício à CPS cobrando uma resposta e se colocou à disposição para apoiar nossa greve. Movimentos sociais e grupos de pesquisadores se solidarizam com as trabalhadoras e trabalhadores do IPT e estarão presentes na nossa luta.
Sindicato e trabalhadores, mais uma vez, dão prova de seus compromissos e suas responsabilidades com o trabalho da instituição na tentativa de evitar a greve. Agora, cabe ao GESP a decisão de valorizar os profissionais do IPT ou partir para a disputa grevista e judicial!
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