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Campanhas salariais: Mobilização dos trabalhadores supera momento adverso

18/11/2016

O Brasil atravessa um dos momentos políticos e econômicos mais difíceis de sua história. Em evidente quadro recessivo, o país já conta com mais de 11 milhões de desempregados, segundo o IBGE. Em períodos como esse, o preço da estagnação econômica costuma cair sobre as costas dos trabalhadores, através de arrocho salarial, perda de direitos, precarização, entre outros retrocessos.

As campanhas salariais das empresas da base do SINTPq não escaparam desse cenário turbulento. Impasses e propostas muitas vezes inaceitáveis marcaram as negociações deste ano. Entretanto, o engajamento dos trabalhadores durante os processos negociais tem garantido a recomposição inflacionária em praticamente todas as empresas representadas pelo Sindicato.

Propostas de reajuste abaixo da inflação estão sendo recusadas pelos profissionais, que reivindicam, ao menos, a manutenção de seu poder de compra. No Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), por exemplo, os trabalhadores estão exigindo a correção de seus salários, congelados desde novembro de 2014, através de paralisações na portaria da empresa. A mobilização dos funcionários vem crescendo e as paralisações seguirão até a direção do CPqD apresentar uma contraproposta digna.

Ganhos acima da inflação também estão sendo obtidos em diferentes negociações do SINTPq. Em empresas como Sidia, SIDI e NXP os trabalhadores conquistaram reajustes correspondentes a 1,03%, 0,7% e 0,25% de aumento real, respectivamente.

Outra vitória em meio a este período de dificuldade foi a conquista de novos benefícios para os funcionários. Um exemplo disso ocorreu na campanha salarial deste ano da Fundação Ezute, na qual os profissionais passaram a receber um auxílio alimentação mensal de R$ 150,00.

O resultado do trabalho conjunto entre SINTPq e seus representados não tem beneficiado apenas os trabalhadores. Neste ano, o Sindicato teve até o momento 85 novas sindicalizações. Esse crescimento é benéfico para ambas as partes, pois quanto maior o número de associados, maior será a representatividade e consequente poder de negociação do Sindicato perante as empresas.