Após a Amazul finalmente formalizar sua contraproposta na tarde de ontem, dia 8, o SINTPq encaminhou a mesma para avaliação do seu departamento jurídico. Feito isso, o sindicato está solicitando uma reunião para esclarecimentos. O objetivo é sanar todas as dúvidas para que os trabalhadores possam tomar sua decisão da melhor forma possível. Portanto, se você tem algum questionamento em relação às clausulas apresentadas, encaminhe pelo e-mail [email protected]

A assembleia para avaliação da contraproposta será convocada logo após os esclarecimentos da Amazul. Dessa forma, o SINTPq espera que a empresa agende a reunião brevemente. Os documentos com a proposta de ACT e anexo referente aos turnistas estão disponíveis a seguir. Avalie as cláusulas, dialogue com seus colegas e encaminhe eventuais dúvidas para o e-mail informado.

Contraproposta da Amazul: https://sintpq.org.br/info-ver.php?n=5415

Na avaliação do SINTPq, a Amazul e a SEST sentaram em cima das últimas considerações feita pelo sindicato e, após mais de um mês, apresentaram praticamente a mesma contraproposta, desconsiderando todos os argumentos apresentados. O índice de reajuste foi mantido em 5,33%, abaixo da inflação. A antecipação do pagamento do 0,91% para janeiro, e não mais abril de 2024, continua não incidindo nos benefícios. Além disso, lamentavelmente, preferem antecipar um valor da próxima campanha enquanto sequer repõem a inflação do último período. Com isso, a tendência é de que o reajuste a ser oferecido no ano que vem siga aquém do ideal.

Em relação aos demais pontos, foram recusadas reivindicações importantes levantadas pelos funcionários. Além disso, o Banco de Horas está sendo proposto a toque de caixa, sem o devido debate com os funcionários, sendo que o SINTPq sempre deixou aberta a possibilidade desse ponto ser tratado com calma após a campanha salarial. Enfim, é revoltante que após tamanha demora, Amazul e SEST apresentem uma proposta como essa. A empresa está completando 10 anos jogando contra seu principal patrimônio: seus trabalhadores e trabalhadoras.

Exemplos de desrespeito não faltam: o fretado não foi retomado, a periculosidade do RMB foi cortada, estão reduzindo o valor das diárias, o rancho oferece refeições de péssima qualidade, os turnistas têm sido prejudicados desde a reforma trabalhista, o reajuste do Vale Alimentação foi muito menor do os índices inflacionários, entre outros problemas muito conhecidos. Se a Amazul e a SEST não entenderem a importância dos funcionários e funcionárias da empresa, a saída de trabalhadores será cada vez maior e, nos próximos 10 anos, não haverá muito a se comemorar.