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Danos no Japão impactam indústria eletrônica

25/03/2011

 

Os desastres naturais no Japão estão causando uma queda vertiginosa na cotação das ações de empresas de tecnologia localizadas no país, que é um dos principais players do mercado. Além dos danos já causados, os investidores estão vendendo os papéis em função dos riscos de maiores perdas em função dos problemas na central nuclear de Fukushima.

 

Uma onda de pânico atingiu nesta terça-feira a Bolsa de Tóquio, com a queda do índice Nikkei 225 em mais de 10,55%, sua terceira maior baixa histórica. Entre os papéis das principais empresas cotadas em bolsa, os fabricantes de componentes eletrônicos Sony e Panasonic caíram respectivamente 8,86%, a 2.324 ienes, e 11,27%, a 866 ienes

 

Os estragos físicos continuam a prejudicar as cadeias mundiais de produção industrial por prazo indeterminado. Isso porque dezenas de empresas japonesas, de fabricantes de componentes a grupos de eletrônica e montadoras de automóveis, estão mantendo suas fábricas fechadas.

 

Além disso, ainda é difícil mensurar os danos causados até o momento à infraestrutura do país, incluindo estradas, redes de energia, ferrovias e portos, demorarão meses a ser reparados.

 

Sem saber os efeitos dos desastres na produção dos componentes, as empresas compradoras estão promovendo uma corrida para encontrar novos fornecedores, já que é no Japão que estão muitos dos principais players do mundo. Isso causou uma subida acelerada nos valores praticados no mercado.

 

Os preços de chips de memória flash Nand à vista continuaram em alta nesta terça-feira, subindo em quase três por cento após a alta de 20 por cento na véspera, enquanto os preços dos chips de memória Dram subiram mais 0,2 por cento depois dos 7 por cento da segunda-feira, de acordo com a DrameXchange, que acompanha os negócios nesses mercados.

 

O Japão responde por um quinto da produção mundial de semicondutores, o que inclui 40 por cento dos chips de memória flash usados em todo tipo de aparelho, de celulares inteligentes a tablets e computadores.

 

Fonte: BHTI Magazine