Dia Internacional das mulheres, longe de comemorações
mos comemorar hoje o dia internacional das mulheres, o dia de luta pelo respeito e igualdade entre homens e mulheres. Desde a queima dos sutiãs e da morte das operárias durante um incêndio em Nova York, em 1857, progredimos em direitos civis e muito homens conseguem nos ver como iguais, mas não são todos e as consequências pairam como uma sombra em nosso dia a dia.
Pelo lado profissional, podemos começar pelo bolso: cerca de 30% a menos em salários; 1,5 anos a mais de estudo; representamos 43% da força de trabalho no Brasil, mas ocupamos apenas 27% dos cargos de direção.
No aspecto da vida pessoal temos: dupla jornada – a carga horária de trabalho profissional e residencial atinge 58 horas por semana, enquanto os homens trabalham 53; no Brasil, quase 300 mulheres sofrem violência física por dia; sozinhas sustentamos 25,3% dos lares brasileiros enquanto os homens sozinhos sustentam 3,2 %.
No cenário político somos a presidência, mas só 11 senadoras das 81 cadeiras; 47 deputadas federais; 136 deputadas estaduais; 2 governadoras, 663 prefeitas (11,8% das vagas) e 7.648 vereadoras (13,3% das vagas), pouca representação para 67.484.608 eleitoras - 51,72% do total.
Os dados são palpáveis e refletem o tratamento dispensado a nós por uma sociedade machista. Quem nunca foi induzida a se sentir inferior a um homem e ceder-lhe a vez ou se deixar conduzir por ele? Só quem é mulher sabe que ainda crescemos sob a sombra das expectativas biológicas em primeiro lugar.
E para consertar a situação, homens sugerem cotas na política para as mulheres defenderem seus direitos. A equivocada proposta só pode piorar a situação. Primeiro é necessário que aprendamos a nos impor e os espaços não podem ser dados, têm que ser conquistados na mesma medida em que ficarmos livres da submissão psicológica para que realmente lutemos e não nos tornemos ferramentas de outras ideologias.
Diante desse cenário é irônico ver campanhas pela adoção do artigo feminino junto ao masculino como forma de inclusão – os leitores e as leitoras me entendem - e de artistas homens com placas homem de verdade não bate em mulher , colocando a mulher como objeto da ação masculina, um obejtivo a ser protegido.
Veja a história dos dias das mulheres:
Fontes:
IBGE
EBC
Agência Patrícia Galvão
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