Em plena campanha salarial em curso e às vésperas da empresa completar 11 anos, a Amazul adota práticas antidemocráticas e faz um jogo sujo que escancara seu total desrespeito pelos trabalhadores.
A direção da empresa ignora as assembleias realizadas, cuja votação foi quase unanime contra a contraproposta apresentada, e onde estavam presentes entorno de 500 funcionários. Alega baixa representatividade e apela para um terrorismo institucional.
É lamentável que uma empresa da magnitude da Amazul, ao ultrapassar uma década, não queira comemorar seu aniversário repondo as perdas dos trabalhadores – que somam 24% de defasagem.
É lamentável que ela não respeite a decisão da categoria, tomada em assembleia que ela mesma também incentivou a participação, e que rejeitou sua contraproposta que não apresenta sequer a reposição inflacionária e nem justifica as negativas à pauta de reivindicações.
É lamentável que ela ignore o péssimo clima organizacional que tem perdido talentos.
Não haverá sucesso no projeto do submarino nuclear brasileiro sem os trabalhadores e as trabalhadoras que fazem isso acontecer!
Esperamos que um governo democraticamente eleito com soberania popular olhe para dentro desta instituição e veja o quanto ela está contaminada de gestores incapazes de garantir o bem-estar dos seus funcionários, além de tentar jogá-los contra o sindicato e criar narrativas factoides e terroristas de que estes poderão perder direitos ou serem prejudicados por buscar ante a Justiça uma digna reparação por meio do dissídio coletivo.
Nesta semana, o deputado federal Carlos Zarattini (PT) se reuniu com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e integrantes da Sest, a pedido do sindicato, para cobrar uma mudança de postura da empresa.
Segundo o deputado, a Sest tem se mantido irredutível em relação à reposição da inflação para os salários dos trabalhadores e trabalhadoras. Há uma orientação para manter essa postura em relação às empresas dependentes.
Apesar disso, Zarattini explicou que há possibilidades, conforme explicitado na reunião, de um acordo coletivo parcial, no qual se manteria os itens já propostos pela empresa podendo ajuizar dissídio coletivo apenas para tentar garantir a reposição inflacionária. Outro ponto que pode avançar é em relação ao VR integral.
O deputado informou que a SEST irá recomendar um novo encontro entre a Amazul e o SINTPq para tratar desses pontos.
O sindicato reforça que o jurídico do SINTPq já está encaminhando a decisão da assembleia que aprovou o pedido de dissídio coletivo e que está aberto a novas propostas.
Assim, nesta sexta-feira, dia 16, enquanto a alta direção comemorará com aplausos seus 11 anos, o sindicato convoca os funcionários e funcionárias para se unirem em frente à sede para lutar por quem faz esse projeto acontecer: os trabalhadores e trabalhadoras.
Participe!