Diretora do SINTPq denuncia falta de estrutura na alimentação das crianças da rede estadual de ensino
Mudança na grade horária antecipa almoço para antes das 9h e deixa alunos sem refeição adequada
A mudança na carga horária das escolas estaduais de São Paulo, implementada em 2025, trouxe impactos negativos para a rotina alimentar dos estudantes. Em diversas unidades, as crianças estão sendo obrigadas a almoçar antes das 9h da manhã, o que compromete sua nutrição e aprendizado. O problema, que afeta diretamente a qualidade da educação, foi denunciado por Fabiana Ramos, diretora do SINTPq e pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL).
“As crianças não conseguem comer arroz e feijão tão cedo. Muitas acabam comprando lanches industrializados ou passam longas horas sem nenhuma refeição adequada, o que prejudica sua saúde e desempenho escolar”, alerta Fabiana.
A falta de um planejamento estruturado para a reorganização da grade horária gerou intervalos curtos e desalinhados com as necessidades nutricionais dos alunos. Além disso, as filas para uso dos banheiros e compra de lanches nas cantinas dificultam ainda mais o acesso à alimentação.
A Secretaria de Educação do Estado justificou a mudança alegando um melhor aproveitamento dos conteúdos e maior organização para os professores. No entanto, pais e especialistas apontam que a medida desconsidera a importância da alimentação no processo de aprendizado.
“Sem uma política educacional que garanta condições dignas de estudo, incluindo horários adequados para alimentação, não há avanço na qualidade do ensino. A Secretaria precisa rever essa decisão com urgência”, enfatiza Fabiana.
O SINTPq segue atento aos impactos dessa reformulação e reforça a importância de uma estrutura escolar que respeite o direito básico à alimentação dos estudantes.
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