Notícias | Diretora do SINTPq denuncia falta de estrutura na alimentação das crianças da rede estadual de ensino

Diretora do SINTPq denuncia falta de estrutura na alimentação das crianças da rede estadual de ensino

Mudança na grade horária antecipa almoço para antes das 9h e deixa alunos sem refeição adequada

17/02/2025

merenda

A mudança na carga horária das escolas estaduais de São Paulo, implementada em 2025, trouxe impactos negativos para a rotina alimentar dos estudantes. Em diversas unidades, as crianças estão sendo obrigadas a almoçar antes das 9h da manhã, o que compromete sua nutrição e aprendizado. O problema, que afeta diretamente a qualidade da educação, foi denunciado por Fabiana Ramos, diretora do SINTPq e pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL).

“As crianças não conseguem comer arroz e feijão tão cedo. Muitas acabam comprando lanches industrializados ou passam longas horas sem nenhuma refeição adequada, o que prejudica sua saúde e desempenho escolar”, alerta Fabiana.

A falta de um planejamento estruturado para a reorganização da grade horária gerou intervalos curtos e desalinhados com as necessidades nutricionais dos alunos. Além disso, as filas para uso dos banheiros e compra de lanches nas cantinas dificultam ainda mais o acesso à alimentação.

A Secretaria de Educação do Estado justificou a mudança alegando um melhor aproveitamento dos conteúdos e maior organização para os professores. No entanto, pais e especialistas apontam que a medida desconsidera a importância da alimentação no processo de aprendizado.

“Sem uma política educacional que garanta condições dignas de estudo, incluindo horários adequados para alimentação, não há avanço na qualidade do ensino. A Secretaria precisa rever essa decisão com urgência”, enfatiza Fabiana.

O SINTPq segue atento aos impactos dessa reformulação e reforça a importância de uma estrutura escolar que respeite o direito básico à alimentação dos estudantes.

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