Documentário ‘Memórias do 25 de abril, 50 anos da Revolução dos Cravos’ ganha exibição única em Campinas neste sábado (25)
Dirigido por Carlos Pronzato, longa de 90 minutos será exibido na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e região
O Documentário ‘Memórias do 25 de abril, 50 anos da Revolução dos Cravos’ ganha exibição única neste sábado, às 19h, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e região.
Produzido em 2024, com 90 minutos de duração em sistema digital pela La Mestiza Audiovisual, do Rio de Janeiro, sob direção de Carlos Pronzato, o documentário foi construído à base de entrevistas com personagens vinculados ao evento, tais como os capitães Vasco Lourenço, Rosado da Luz,
Duran Clemente, o major Tomé, os historiadores Luís Farinha, Raquel Varela, José Pereira e a ativista Ana Barradas.
Conta, também, com o ex-deputado João Soares, economista Francisco Louçã, pesquisadora Irene Pimentel, antropóloga Paula Godinho, jornalista Mário Carvalho, sociólogo José Maria Ferreira de Carvalho, entre outros, que retratam o que foi este episódio singular da História Mundial.
A Revolução dos Cravos, última das rebeliões ocorrida na Europa, se estendeu por 19 meses desde a insurreição popular do PREC (Processo
Revolucionário Em Curso) até a reação da direita em 25 de novembro de 1975.
Contexto
O 25 de abril marca uma era. Um “antes” e “depois”, consolidando-se como uma data fundadora da democracia em Portugal. Marco incontornável da
história do século XX, assinala o início da terceira vaga de transições para a democracia que, depois, se estenderia à Grécia, Espanha, países da
América Latina como Brasil e Argentina e até, na década de 80, à Europa do Leste.
A forma como em Portugal se operou a passagem da ditadura à democracia assumiu contornos tão particulares que rapidamente se transformou num case study que atraiu acadêmicos e analistas políticos de todo o mundo. Um destes estudos, o mais recente - vale destacar - é o livro Capitães de Abril, a Conspiração e o Golpe, de Rui Cabral e Luís Pinheiro de Almeida, edições Colibri, 2024.
O documentário teve estreia itinerante em Portugal (Lisboa e Porto) entre setembro e outubro, por mais de 20 locais e, no dia 25 de novembro, foi disponibilizado nas redes, como protesto ao ato da Assembleia Nacional marcar a data como ato meramente solene. O filme continua a ser exibido naquele país, em diversas outras cidades.
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