FIPT demite dirigente sindical e volta atrás após pressão do SINTPq
O SINTPq reforça que jamais aceitará tal atitude contra qualquer dirigente sindical que, de forma voluntária, se soma à luta por sua categoria
Em 35 anos de história, SINTPq sempre lutou pela sua categoria, mantendo em seu quadro de dirigentes, pessoas alinhadas à defesa da classe trabalhadora. O SINTPq esclarece que a empregada da FIPT, Giovanna Fiocco Colombo, foi eleita para desempenhar as funções de dirigente sindical na gestão do SINTPq para o período de 2024-2027, mas, na semana passada, ela foi alvo de uma intimidação inaceitável ao ser desligada da empresa, mesmo gozando da estabilidade sindical.
Após pressão do sindicato, a Fundação reconheceu o erro e voltou atrás, readmitindo a funcionária e diretora.
O SINTPq reforça que jamais aceitará tal atitude contra qualquer dirigente sindical que, de forma voluntária, se soma à luta por sua categoria, a fim de que todos os trabalhadores e trabalhadoras da base tenham seus direitos garantidos.
Giovanna é integrante da chapa ‘História, Luta e Conquistas’, e foi eleita pelos trabalhadores de forma democrática, em um sistema que cumpriu todo o rigor da lei.
Nos termos do artigo 543, § 3º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), dirigentes sindicais e seus suplentes têm direito à estabilidade no emprego desde o momento do registro de sua candidatura até um ano após o término de seu mandato.
É importante ressaltar que a estabilidade do dirigente sindical é uma garantia constitucional prevista no artigo 8º, inciso VIII, da Constituição Federal. Cabendo ainda destacar que a Constituição Federal, a Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (Pidesc), ratificado pelo Brasil, asseguram a liberdade sindical, vedando qualquer intervenção do Estado na organização e gestão dos sindicatos.
Desde que se somou à direção, Giovanna tem realizado trabalhos importantes à categoria, participando ativamente das campanhas salariais, atividades culturais e outras ações que lutam por um trabalho decente, digno e que leve o bem-estar aos trabalhadores.
Admira a este sindicato que uma fundação de prestígio, como o FIPT, tenha cometido o que chamou de “erro”, em demiti-la, mesmo sabendo que ela já estava empossada.
Atitudes antissindicais não serão admitidas por este sindicato, que tem uma sólida história que ultrapassa três décadas na defesa da classe trabalhadora.
Lembramos ainda que, em uma sociedade democrática, sindicatos existem para garantir o cumprimento das legislações trabalhistas, além de lutar para que novas conquistas que beneficiem os trabalhadores e os protejam sejam conquistadas.
Esperamos que “erros”, como o cometido pela FIPT, não sejam repetidos, nem pela Fundação, nem por qualquer outra empresa.
Para dar garantia a isso, é que o sindicato, desde que notificado sobre o ocorrido, mantém diálogo com atores políticos e centrais sindicais para que a defesa aos trabalhadores seja sempre soberana.
SINTPq, 5 de fevereiro de 2025