Governo reconhece Vladimir Herzog como anistiado político
Vitória histórica na luta pela memória, justiça e direitos humanos
O governo brasileiro, por meio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, reconheceu oficialmente o jornalista Vladimir Herzog como anistiado político. A medida, que foi publicada no Diário Oficial da União, também inclui a concessão de uma reparação econômica vitalícia para sua viúva, Clarice Herzog. O valor da reparação foi estabelecido em R$ 34.577,89 mensais, em reconhecimento ao sofrimento e à perda irreparável enfrentada pela família Herzog.
Vladimir Herzog, que foi um dos mais importantes jornalistas do país, foi brutalmente assassinado durante a ditadura militar, em 1975, após ser torturado nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo. Sua morte, encoberta por uma farsa de suicídio, se tornou um símbolo da luta pela democracia, pelos direitos humanos e pela liberdade de expressão no Brasil.
O reconhecimento da anistia política ocorre em um contexto significativo: em outubro de 2025, o assassinato de Herzog completará 50 anos, um marco histórico que destaca a importância de lembrar e combater os abusos cometidos durante o regime militar. Para o SINTPq, o reconhecimento de Herzog é um ato de justiça que resgata a memória das vítimas da ditadura, e representa um passo importante na luta contínua pelos direitos fundamentais, especialmente os direitos trabalhistas e à liberdade de expressão.
Memória e Justiça
O Instituto Vladimir Herzog, criado em 2009 por familiares e amigos do jornalista, tem sido um pilar na luta pela memória, verdade, justiça e democracia. Além de promover a preservação do legado de Vlado, a entidade atua na defesa de direitos humanos, na luta pela liberdade de expressão e na garantia de que as futuras gerações compreendam a importância de não permitir que abusos semelhantes se repitam.
O SINTPq parabeniza o reconhecimento oficial de Vladimir Herzog como anistiado político e destaca a importância desse gesto como uma reparação à sua família, e também como um símbolo da resistência contra a repressão e a injustiça. A medida reforça a relevância de preservar a memória histórica e de lutar pela democracia, valores essenciais para a construção de uma sociedade mais justa.
No SINTPq, acreditamos que é fundamental que as futuras gerações compreendam a importância da democracia, do respeito aos direitos humanos e da proteção das liberdades civis, como forma de evitar o retorno de práticas autoritárias. O Sindicato segue firme na defesa dos direitos de todos os trabalhadores, e reitera a importância de manter viva a memória de figuras como Vladimir Herzog, cuja luta pela liberdade e justiça representa um legado que devemos preservar e transmitir.
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