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Impactos da Lei de Informática é pauta no SinTPq

06/04/2011

Um estudo sobre os impactos da Lei de Informática sobre as pesquisas e desenvolvimento em tecnologia no Brasil foi tema da apresentação do Drº Giancarlo Stefanuto para a comunidade do SinTPq. O evento foi realizado pelo Sindicato por meio do GPCT (Grupo de Políticas de Ciência e Tecnologia) na segunda-feira, dia 4, e contou com diretores da entidade e trabalhadores de diversas empresas. 

 

Stefanuto e um dos coordenadores da pesquisa encomendada pelo Ministério de Ciência e Tecnologia e realizada pelo Geopi (Grupo de Estudos e Organização da Pesquisa e da Inovação), da Unicamp. O estudo levou 19 meses e analisou os investimentos da contrapartida da Lei da Informática em micros, pequenas, medias e grandes empresas beneficiadas. 

 

Segundo a pesquisa, de 1998 a 2008 o Brasil praticamente não mudou sua posição no que diz respeito a tecnologia, continuamos importando mais do que exportando. Um dos motivos pode ser que as empresas estão mais atraídas pelo subsídio da lei do que pelo possível valor agregado de desenvolvermos tecnologia no país. 

 

Sobre o tipo de investimento realizado pelas empresas, apenas algumas pensam no valor agregado, Stefanuto chegou a  citar um laboratório em que todo o processo e todos os equipamentos foram desenvolvidos no local, inclusive despertando o interesse da Suiça. Porém, esta posição não foi maioria entre as beneficiadas.

 

O presidente do Sindicato,  Paulo Porasani, ressaltou a importância de maior controle sobre o investimento que as empresas têm que fazer. “A Lei da Informática precisa ter parâmetros sobre a contrapartida à sociedade brasileira pelo uso de incentivos fiscais que não seja simplesmente a geração de emprego. Temos que garantir que a contrapartida trará mais desenvolvimento social e soluções para problemas sociais e conjunturais do país”, analisa. 

 

Para o diretor do SinTPq Silvio Spinella, a ação é uma das muitas que serão realizadas pelo GPCT, “O GPCT tem a proposta de fomentar os debates sobre assuntos que influenciam o trabalho de nossa categoria. Buscaremos sempre os profissionais mais atualizados em cada tema para os encontros gerem sempre frutos.”

 

No final, Stefanuto divulgou uma série de indicações que foram encaminhadas ao Ministério para otimizar os resultados da lei e garantir que o benefício fornecido se transforme em um avanço  tecnológico real para o país.

 

Em breve o SinTPq disponibilizará trechos da palestra no site. Aguarde!