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Julho das Pretas destaca a força e a luta das mulheres negras no Brasil

Agenda nacional celebra conquistas, denuncia desigualdades e reforça o combate ao racismo e ao sexismo

04/07/2025

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O mês de julho marca um dos períodos mais simbólicos da luta antirracista no Brasil. Conhecido como Julho das Pretas, o período celebra a força e a resistência das mulheres negras, ao mesmo tempo em que escancara as diversas formas de desigualdade que continuam afetando essa parcela da população.

O marco do mês é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho. A data foi criada em 1992, durante um encontro realizado na República Dominicana, e oficializada no Brasil em 2014 com a instituição do Dia Nacional de Tereza de Benguela, em homenagem à líder quilombola símbolo de organização política e enfrentamento ao racismo e ao patriarcado.

A urgência de políticas públicas é evidenciada pelos números. Segundo o Atlas da Violência 2023, 66% das vítimas de feminicídio no Brasil são mulheres negras. Além da violência de gênero, elas também são as mais afetadas pela injustiça tributária no país. O sistema regressivo de impostos, que penaliza mais o consumo do que a renda, atinge com mais força as mulheres negras, que enfrentam maiores índices de informalidade, desemprego e subvalorização profissional.

Mesmo com tantos desafios, o Julho das Pretas é também um momento de mobilização para mudanças concretas. Neste ano, mulheres negras de diversas regiões do país já se organizam para a 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, que acontecerá em novembro, em Brasília. A expectativa é reunir 1 milhão de mulheres em defesa do direito ao bem-viver, da reparação histórica e da ampliação de políticas públicas.

O SINTPq apoia essa mobilização nacional, reafirmando seu compromisso com a equidade racial e de gênero. Defender os direitos das mulheres negras é lutar por uma sociedade mais justa, onde a democracia se constrói com diversidade.