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Marcha por justiça climática acontece nesta sexta em Campinas

Ato inicia a partir das 16h30, no Largo do Rosário, no centro da cidade

19/09/2024

Movimentos populares realizam nesta sexta-feira (20) uma marcha por justiça climática. O ato inicia a partir das 16h30, no Largo do Rosário, no centro da cidade. “Este calor não é natural, e é urgente irmos às ruas lutar contra as mudanças climáticas e a devastação ambiental”, destacam os organizadores.

Com o agravamento das queimadas e mais de 70 mortes por síndrome respiratória aguda grave em São Paulo, o evento busca soluções para o impacto ambiental, social e econômico causado pela degradação ambiental.

A pauta principal será a justiça climática, destacando a necessidade de distribuir de forma justa os riscos e benefícios das ações de combate às mudanças climáticas. Um dos temas mais urgentes é o impacto das queimadas, que tem devastado o estado e contribuído para uma grave crise de saúde pública.

Além das discussões teóricas, os participantes se mobilizarão em uma marcha por justiça climática. O lema do movimento, “Não deixaremos que queimem nossas vidas”, reflete a indignação diante da devastação ambiental e da crise de saúde pública.

Com a atual crise climática global e os impactos devastadores das queimadas em São Paulo, o evento em Campinas é um chamado urgente à ação. A união de diferentes setores da sociedade é fundamental para encontrar soluções que protejam o meio ambiente e a saúde pública, combatendo a injustiça climática e prevenindo novas catástrofes.

Confira as bandeiras e reivindicações da classe trabalhadora para o ato: 

  • Investigação e punição dos responsáveis e mandantes dos incêndios criminosos, com expropriação e proibição de atividades agropecuárias em terras desmatadas ou queimadas ilegais;
  • Investimentos nos órgãos de defesa do meio ambiente: contratações emergenciais e concursos públicos para o ICMBio, Ibama e demais órgãos ambientais federais, estaduais e municipais;
  • Respeito à Convenção 169 da OIT, demarcação das terras indígenas, titulação das terras quilombolas, reforma agrária popular e investimentos na agricultura familiar; 
  • Reorganização/equalização do Plano Safra para investimentos da agricultura familiar, da agricultura agroecológica e com exigências de contrapartidas socioambientais ao agronegócio;
  • Medidas emergenciais para proteção da saúde dos trabalhadores em dias de extrema poluição;
  • Criação de um Programa de Empregos de Interesse Público-Comunitário que formalize frentes de trabalho associadas ao combate às queimadas, à restauração, à adaptação e à resiliência de comunidades/territórios atingidos/ameaçados por impactos socioambientais. Programa que mobilize o uso de mão de obra local;
  • Criação de um Programa de Restauração de Biomas, que formalize frentes de trabalho associadas à recomposição e reflorestamento de áreas degradadas, que mobilize tecnologias e conhecimentos de povos indígenas e populações tradicionais e que seja financiado por Pagamento por Serviços Ambientais;
  • Articulação de políticas públicas e coordenação de investimentos para a indução de cadeias produtivas de baixo impacto ambiental com: geração de emprego e renda; redução de desigualdades; formação e requalificação profissional para as novas cadeias verdes para trabalhadores e trabalhadoras de setores com maior impacto ambiental ou na linha de frente das mudanças estruturais; seguridade social para trabalhadores de setores não contemplados pelas políticas de transição produtiva e requalificação profissional;
  • Exclusão dos investimentos em mitigação e em adaptação às emergências climáticas dos limites fiscais impostos pelo Novo Arcabouço Fiscal (Lei Complementar 200/2023).

Serviço

Evento: Marcha por justiça climática e emergência contra as queimadas
Data: 20 de setembro de 2024
Horário: 16h30
Local de concentração: Largo do Rosário – Centro/Campinas