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Mulheres - Dia 8 de março

01/03/2012

an style="font-size: xx-small;">Opinião

Muitos passos dados e muitas barreiras superadas não significam que as mulheres chegaram ao destino. O caminho pela igualdade ainda é longo, eliminar a diferença de 30% entre seus salários e os dos homens é mais um estação a ser ultrapassada. Depois dela, virá o direito estudar 8,2 anos como eles ao invés dos atuais 9,2 anos.

Imagem: Mulheres Facetadas, de Di Calvacanti, 1968
Crédito: Divulgação 

Talvez, depois consigam as mesmas oportunidades: serem escolhidas para cargos de comando sem antes passar pela dúvida de já ter ou não filhos ou as empresas não considerarem como indesejável sua natureza pacifica e apaziguadora, quando na realidade é o que há de mais moderno em gerenciamento.

E isto falando apenas em aspectos profissionais. Quando a discussão vai para o âmbito familiar existem mais desafios. Quantas mulheres ao se referirem ao marido dizem “– Ele me ajuda em casa e com as crianças”, como se a reponsabilidade não fosse dos dois. E o sexo frágil tem hoje dupla jornada, cumprindo mais de 12 horas por dia, sendo que a atividade doméstica continua aos domingos de forma mais intensa.

O esforço é maior, a recompensa é menor, mas continuam a marchar. Passaram por cima dos sexistas que proibiam que estudassem além da quarta séria e para quem pensa que isso faz muito tempo, pergunte para as avós nascidas nas décadas 40 e 50.

O caminho é outro, mas conserva algumas pedras como o abuso sexual por meio de estupros, violência física, ou ainda a mercantilização do corpo ou a exigência da padronização estética.

E existe o lado positivo, mais um passo foi dado este ano. A OIT (Organização Internacional do Trabalho) editou um tratado em que o trabalhado doméstico, predominantemente ocupado por mulheres, terá obrigatoriamente a o recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) pelo empregador, antes pagamento opcional. 

E mesmo nessa luta intensa e permanente, elas continuam sendo profissionais, mães, amigas, companheiras e mulheres.

Veja a entrevista Luana Simões, do Ipea para  Paulo Henrique Amorim, na Record, em que ela fala sobre a relação de carreira e emprego entre homens e mulheres do ponto de vista de mulher e de especialista.